No último domingo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu que qualquer país que considere se alinhar com a organização intergovernamental BRICS enfrentará um adicional de 10% em tarifas, sem exceções. O aviso foi feito por Trump em uma postagem na plataforma Truth Social, onde ele declarou: “Qualquer País que se alinhar com as políticas Antiamericanas do BRICS será cobrado com um ADICIONAL de 10% de Tarifa. Não haverá exceções para esta política. Obrigado pela atenção a este assunto!
O grupo BRICS foi fundado inicialmente em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China como um fórum para discutir políticas coordenadas, semelhante ao G7, que inclui os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido. Outros países que se juntaram ao BRICS incluem África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Como informado pelo Daily Wire, em dezembro passado, quando ainda era presidente eleito, Trump já havia alertado os países do BRICS contra o desenvolvimento de uma moeda para desafiar o dólar americano, afirmando: “A ideia de que os Países do BRICS estão tentando se afastar do Dólar enquanto ficamos de braços cruzados acabou.
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O jornal The New York Times observou que “China e Rússia veem o BRICS como uma maneira de desafiar a influência dos Estados Unidos na geopolítica e na tomada de decisões, e têm pressionado o grupo a crescer em tamanho.
Enquanto isso, no último domingo, durante a cúpula do BRICS no Brasil, representantes do governo do Irã, buscando aliados, participaram da reunião. Naquele mesmo dia, o grupo BRICS emitiu uma declaração condenando o ataque do presidente Trump às instalações nucleares do Irã, classificando-o como uma “violação do direito internacional.
Em janeiro, nove países tornaram-se “estados parceiros” do BRICS, um primeiro passo para ingressar e se tornar membros oficiais. Esses países incluem Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. No último mês, o Vietnã também se tornou um “estado parceiro”, uma designação que permite a um país participar de cúpulas do BRICS e outras sessões de discussão.
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Na reunião no Brasil, Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), estabelecido pelas nações do BRICS, gabou-se: “Hoje temos classificações de crédito fortes, incluindo uma nota AAA da agência japonesa JCR, e estamos expandindo para novos mercados, como instrumentos denominados em ienes e o Oriente Médio.” Em seguida, alertou contra economias que dependem do dólar americano para financiamento externo, declarando: “Qualquer empresa ou governo que peça emprestado em moeda estrangeira fica sujeito a decisões tomadas pelo Federal Reserve ou outros bancos centrais em nações desenvolvidas.
Como exemplo concreto dessa abordagem alternativa, ela apontou para um projeto no Brasil financiado diretamente em renminbi, sem a necessidade de conversão para dólares, conforme relatado pelo portal do BRICS.