Em 7 de julho de 2025, o enviado dos EUA ao Líbano, Thomas Barrack, elogiou a resposta de Beirute a uma proposta de Washington que detalhava o desarmamento completo do grupo terrorista apoiado pelo Irã, Hezbollah, em troca da retirada das tropas israelenses da região sul do país. Barrack expressou sua satisfação com a resposta rápida do governo libanês à proposta apresentada em 19 de junho, que estipulava um prazo de quatro meses para o desarmamento.
Segundo o Fox News, Barrack declarou estar “incrivelmente satisfeito” com a resposta de Beirute após uma reunião com o presidente do Líbano, Joseph Aoun, que assumiu o cargo em janeiro. “O que o governo nos deu foi algo espetacular em um período muito curto”, afirmou Barrack.
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A notícia surge em um momento em que negociadores também trabalham para encerrar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. No outono passado, Jerusalém enfrentou quatro frentes de conflito: uma guerra na fronteira sul contra o Hamas, trocas de mísseis com o Irã e com os Houthis no Iêmen, além de uma campanha que se desenrolou no Líbano.
Em setembro de 2024, um ataque sofisticado com bombas de pager atingiu centenas de membros do Hezbollah em todo o Líbano, levando a um cessar-fogo no país. Desde então, o Hezbollah recuou significativamente da região sul do Líbano e, segundo relatos, cedeu algumas de suas armas. No entanto, informações da Reuters sugerem que o grupo pode não estar disposto a abrir mão de todas as suas armas, e os detalhes do acordo entre EUA e Líbano para o desarmamento da rede terrorista ainda são desconhecidos.
Tropas israelenses permaneceram em partes do sul do Líbano para combater o que consideram uma ameaça contínua do Hezbollah às comunidades israelenses na fronteira norte, e escaramuças continuaram a ocorrer.
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Barrack, que também atua como embaixador dos EUA na Turquia e enviado especial para a Síria, acredita que, em última análise, Líbano e Israel compartilham o mesmo objetivo: a paz. “Os israelenses não querem guerra com o Líbano”, disse ele. “Ambos os países estão tentando alcançar a mesma coisa – a noção de um acordo de cessar-fogo, a cessação das hostilidades e um caminho para a paz.
Barrack sugeriu que a administração Trump pode buscar incluir o Líbano na lista de nações que normalizaram relações com Israel sob os Acordos de Abraão, uma política principal de Trump durante seu primeiro mandato e que ele voltou a priorizar. No entanto, não se sabe se Beirute está interessada nesse nível de diplomacia com seu vizinho ao sul.