Israel National News / Reprodução

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, revelou novos detalhes sobre o recente ataque aéreo israelense ao Irã durante uma coletiva de imprensa realizada hoje, 7 de julho de 2025. Katz compartilhou informações sobre o planejamento da Operação “Hila” e a estratégia militar mais ampla.

De acordo com Katz, a operação envolveu discussões extensas, com pelo menos 14 reuniões de segurança realizadas para preparar o ataque. Um ponto-chave de debate foi se os Estados Unidos participariam do ataque ou apenas daria a Israel o sinal verde para agir unilateralmente. Simultaneamente, a Força Aérea de Israel aumentou suas capacidades para permitir a penetração aérea no território iraniano.

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O objetivo principal da operação, estabelecido em janeiro, foi atrasar o desenvolvimento de armas nucleares do Irã por um período, forçando o país a reconsiderar suas ambições nucleares. Katz observou que Israel não recebeu um compromisso explícito dos EUA, mas entendeu o silêncio americano como uma aprovação tácita para a operação.

Quatro figuras-chave gerenciaram a operação: o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Israel Katz, o ministro Ron Dermer e o Chefe do Estado-Maior de Israel. Além disso, uma operação complementar chamada “Tornado” foi desenvolvida sob as instruções diretas de Katz, visando atingir infraestruturas-chave em Teerã e dissuadir o Irã de retaliar contra o território israelense.

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A operação, aprovada em 29 de maio, foi planejada como resposta a qualquer possível ataque iraniano e foi cronometrada para coincidir com as orações da liderança iraniana em 12 de junho, quando a maioria dos oficiais estaria em casa.

Katz enfatizou que a operação obteve sucesso significativo, especialmente através da colaboração com os Estados Unidos, que incluiu bombardeiros B2 atacando instalações nucleares do Irã. “Nós desferimos um golpe esmagador nas capacidades nucleares e de mísseis do Irã”, declarou Katz.

Olhando para o futuro, Katz revelou que Israel está preparando um plano de enforcement para manter a superioridade aérea sobre o Irã e continuar a perturbar os programas nucleares e de mísseis do país. “Se alguém pensa que vamos abrir mão dessa conquista, está errado. Isso não é uma operação diária como as que ocorrem no sul do Líbano, mas a capacidade de enforcement deve estar presente em pontos críticos”, disse ele.

Quanto à possibilidade de o Irã reiniciar seu programa de mísseis, Katz destacou a importância estratégica de impedir o apoio material de outros países ao Irã, sublinhando a necessidade de vigilância e pressão contínua.

Katz também abordou conflitos internos no gabinete, defendendo o Chefe do Estado-Maior contra críticas. Ele acrescentou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) têm desempenhado excepcionalmente bem, com controle sobre 70% do território de Gaza. Ele esclareceu que o exército não gerencia áreas humanitárias, mas assegura sua segurança, e reconheceu o esforço do ministro Bezalel Smotrich para que grupos americanos assumissem o controle da distribuição de ajuda de Hamas em Gaza, o que foi realizado pela Fundação Humanitária de Gaza.

Além disso, Katz revelou planos para o estabelecimento de uma zona civil em Rafah, visando realocar até 600 mil residentes de Gaza. Essa zona, localizada entre os corredores de Morag e Filadélfia, seria administrada por organizações internacionais e não estaria sob controle militar israelense.

Katz concluiu afirmando que a área entre Morag e Filadélfia deve permanecer sob controle israelense, mesmo em caso de um cessar-fogo e acordo de reféns, permitindo a Israel continuar a impedir que o Hamas contrabandeie armas e reconstrua sua força militar.

Segundo o Israel National News, a operação foi um sucesso significativo, demonstrando a eficácia da colaboração entre Israel e os Estados Unidos.

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