O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, do Partido Sionista Religioso, fez um pronunciamento contundente na reunião do partido na segunda-feira, 7 de julho de 2025, afirmando que se oporá com todas as suas forças à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
“Entregar ajuda logística ao Hamas é a ocorrência mais insana que encontrei desde o início da guerra. Isso prejudica os soldados, prejudica os reféns, prolonga a guerra e é ruim para o Estado de Israel”, declarou Smotrich.
Ele esclareceu que não tem medo de ficar sozinho nessa questão. “Eu estava sozinho antes da guerra, quando me opus à suposição de que o Hamas estava dissuadido, quando me manifestei contra a contenção em relação ao Hezbollah, e estou sozinho hoje também. Eu estava certo naquela época, e estou certo agora também.”
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Em relação ao espírito geral que leva a um acordo parcial com o Hamas, ele afirmou: “Há um preço que nunca estaremos dispostos a pagar – que é a rendição ao terrorismo do Hamas. A frase ‘contenção é força’ está morta. A ideia de um estado palestino está morta. A ilusão de que há alguém com quem conversar está morta.”
De acordo com informações de Israel National News, Smotrich considera a ajuda a Gaza um grave erro estratégico. “Não se trata de táticas militares ou patentes nos ombros, é uma questão de razão e determinação. Se o Hamas está agindo para impedir que a ajuda seja cortada, é óbvio que este é o caminho correto.”
Smotrich também criticou a abordagem em relação ao exército e sua liderança: “Eu amo e aprecio o Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel e os comandantes, mas não se pode se curvar aos generais. Nem tudo o que eles dizem está correto, e aqueles que esqueceram das dezenas de generais que apoiaram o desengajamento [da Faixa de Gaza] devem voltar e lembrar o que nos prometeram.”
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Ele concluiu enfatizando: “Não estou aqui para ser abraçado nos estúdios de TV. Estou aqui pelos soldados, pelos residentes do envelope de Gaza, pela verdade. Continuaremos a lutar pela vitória, mesmo que demore, mesmo que sejamos a única voz que reste na sala.