GPO, REUTERS/Khalil Ashawi / Israel National News / Reprodução

Israel apresentou ao novo governo da Síria uma proposta abrangente e detalhada para um novo acordo de segurança.

De acordo com o Israel National News, o plano inclui um mapa detalhado das zonas de segurança propostas, que se estendem de Damasco, no sudoeste, até a fronteira com Israel.

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Esse desenvolvimento é de importância crítica, considerando a relação historicamente tensa entre Israel e a Síria.

A administração Trump, dos EUA, adotou uma postura mais favorável em relação ao novo líder sírio, Ahmed Al-Sharaa, que derrubou e substituiu Bashar al-Assad em dezembro passado.

Os EUA têm facilitado discretamente o canal diplomático direto entre Jerusalém e Damasco.

Embora a Síria ainda não tenha respondido formalmente à proposta israelense, feita há várias semanas, relatos indicam que eles estão trabalhando em uma contraproposta.

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Uma reunião para discutir a proposta está marcada para esta quarta-feira, 18 de setembro de 2025, em Londres.

Participarão o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, e o enviado dos EUA, Tom Barrack, que tem mediado as conversas.

Essa será a terceira reunião trilateral desse tipo, e fontes descrevem progresso, embora um acordo final não pareça iminente.

As negociações visam substituir o acordo de desengajamento de 1974, que se tornou obsoleto após o colapso do regime de Assad.

A proposta israelense é modelada no acordo de paz de 1979 com o Egito, que dividiu com sucesso a península do Sinai em três zonas – A, B e C – com arranjos de segurança variados e níveis de desmilitarização com base na proximidade com a fronteira israelense.

Essa proposta atual para a Síria estabelece demandas maximalistas.

Ela exige uma ampla zona desmilitarizada e de proibição de voos em território sírio, sem mudanças recíprocas do lado israelense.

A área a sudoeste de Damasco seria dividida em três zonas, com limitações variadas sobre forças e armamentos sírios.

O plano também busca estender a zona de amortecimento existente em 2 km do lado sírio.

Na faixa mais próxima da fronteira, a Síria seria proibida de estacionar forças militares e armamento pesado, embora forças policiais e de segurança interna sejam permitidas.

De acordo com uma fonte, a proposta designa toda a área do sudoeste de Damasco até a fronteira israelense como uma zona de proibição de voos para aeronaves sírias.

Em troca dessas limitações significativas, Israel propôs uma retirada gradual de todos os territórios sírios que ocupou nos últimos meses, com a exceção crucial de um posto estratégico no cume do Monte Hermon.

Um alto funcionário israelense afirmou que Israel insiste em manter uma presença lá em qualquer acordo futuro.

Um elemento intrigante da proposta, observou uma fonte, é o princípio de manter um corredor aéreo sobre a Síria até o Irã, o que preservaria a capacidade de Israel de realizar potenciais ataques futuros contra alvos iranianos.

Um relatório recente afirmou que a administração Trump, dos EUA, está trabalhando ativamente para intermediar um entendimento de segurança preliminar entre Israel e a Síria antes da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas neste mês.

No entanto, Barrack esclareceu posteriormente que Israel e a Síria não estão próximos de assinar um acordo de segurança, adicionando que “ainda há mais trabalho a ser feito”.

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