Globo/Reprodução

A Polícia Civil do estado de São Paulo efetuou a prisão de um homem suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, na manhã de 17 de setembro.

Após a detenção, os agentes conduziram o suspeito à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, localizada na região central da capital paulista. Até agora, a identidade do detido continua sob sigilo.

Conforme relatado por Revista Oeste, na véspera, em 16 de setembro, o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, já havia revelado que as autoridades investigavam dois nomes relacionados ao caso. Ele destacou o compromisso das forças de segurança em identificar e punir os responsáveis. “Seguimos com todas as polícias empenhadas nesse caso, para que os culpados sejam punidos”, afirmou Derrite.

O secretário descreveu o primeiro suspeito como um criminoso com histórico reincidente, incluindo passagens por roubo, tráfico de drogas e atos infracionais na adolescência. “Foi preso por roubo duas vezes, por tráfico duas vezes, foi preso quando era adolescente infrator”, explicou ele.

Derrite também informou que as investigações identificaram um segundo indivíduo envolvido no assassinato de Ruy Ferraz Fontes, com base em perícias realizadas no local do crime. “Vamos solicitar a prisão temporária dos dois já identificados. Seguimos com todas as polícias empenhadas nesse caso, para que os culpados sejam punidos”, reforçou.

As autoridades trabalham com a possibilidade de que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tenha ordenado o ataque. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, a principal linha de investigação aponta para uma retaliação contra o histórico de Fontes no combate à organização.

O crime ocorreu em 15 de setembro, a poucos metros da Prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista, onde Fontes exercia o cargo de secretário municipal de Administração. Aos 68 anos, o ex-delegado dedicou mais de quatro décadas ao serviço público.

O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), chegou ao local minutos após o atentado e encontrou o corpo da vítima dentro do carro. A execução provocou grande comoção entre autoridades estaduais e municipais.

Junto de sua equipe, Fontes foi responsável pelos primeiros indiciamentos de líderes do PCC no início dos anos 2000, incluindo nomes como Marcola, Cesinha e Geleião. Desde então, a facção passou a vê-lo como um inimigo direto.

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