Após a guerra, os iranianos tomaram a decisão estratégica de continuar apoiando o Hezbollah e investir novos recursos em seus esforços de fortalecimento e reconstrução. Assessores iranianos da Guarda Revolucionária chegaram ao Líbano e atualmente trabalham em estreita colaboração com operadores do Hezbollah como parte da reconstrução das forças do grupo. Isso inclui aspectos militares, mas também civis.
Os iranianos e o Hezbollah enfrentam muitos desafios e dificuldades no processo de reconstrução das forças e da infraestrutura. Um dos principais desafios é o colapso do corredor iraniano que passava pelo Iraque e Síria até o Líbano. Esse corredor era uma infraestrutura estratégica iraniana cujo objetivo era estabelecer o eixo xiita no Iraque, Síria e Líbano em termos militares, econômicos, sociais, religiosos e ideológicos. Essa infraestrutura foi cortada e colapsou após a queda do regime de Assad em 8 de dezembro de 2024.
Para continuar apoiando o Hezbollah, com ênfase no apoio financeiro e militar, os iranianos tiveram que recalcular sua rota (literalmente e figurativamente). Em cooperação com o Hezbollah, eles começaram a desenvolver rotas alternativas para um novo corredor que facilitasse a transferência de dinheiro e armas. Algumas dessas rotas já foram utilizadas no passado, e os iranianos possuem conhecimento e experiência prévios. Isso se soma ao vasto conhecimento e experiência adquiridos na operação do corredor iraniano original, que se estendia por mais de 1800 quilômetros, passando pelo Iraque e Síria até o Líbano. Pode-se avaliar que várias opções estão atualmente disponíveis para os iranianos:
A Rota Marítima (Direta e/ou Combinada):
A Rota Marítima Direta. A rota marítima direta parte do Irã, passa pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez, entra no Mar Mediterrâneo e de lá segue diretamente para o Líbano.
A Rota Marítima Combinada (Marítima – Terrestre – Marítima). A rota marítima combinada inclui uma rota marítima do Irã para o Sudão. Do Sudão