Stephen M. Flatow é presidente dos Sionistas Religiosos da América (RZA). Ele é pai de Alisa Flatow, assassinada em um ataque terrorista palestino patrocinado pelo Irã em 1995, e autor do livro “A História de um Pai: Minha Luta por Justiça Contra o Terror Iraniano”. Nota: A RZA não é afiliada a nenhum partido político americano ou israelense.
Um juiz de imigração dos EUA ordenou a deportação de Mahmoud Khalil, o ativista da Universidade Columbia que se tornou o rosto dos protestos anti-Israel do ano passado. Khalil alega que está sendo alvo por suas opiniões. A verdade é mais preocupante: ele ocultou suas afiliações, deturpou seu histórico e explorou o sistema de imigração da América.
Isso não é apenas uma disputa burocrática. É um lembrete de como atores hostis podem usar a abertura da América como arma – e quão perigoso é quando os EUA hesitam em agir.
Khalil, um árabe palestino nascido na Síria e também cidadão da Argélia, obteve o green card ao esconder fatos chave. Ele não divulgou seus laços com a UNRWA, a agência da ONU há muito acusada de facilitar o Hamas em Gaza. Ele minimizou seu papel de liderança no Columbia University Apartheid Divest, que liderou protestos disruptivos anti-Israel. E persistem dúvidas sobre seu emprego estrangeiro.
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Um juiz de imigração concluiu que esses não foram erros inofensivos, mas esforços deliberados para enganar. A decisão: Khalil deve ser deportado para a Argélia, ou, se isso falhar, para a Síria.
No início deste ano, Khalil foi detido na Louisiana. Seus apoiadores o retrataram como prisioneiro político, mas na verdade ele foi mantido porque sua presença levantou alertas. Um juiz federal ordenou sua libertação após três meses, decidindo que a detenção apenas por “motivos de política externa” não se sustentava. Mas agora, com a decisão de fraude em mãos, o caso escalou: Khalil perdeu sua base legal nos Estados Unidos.
De acordo com o Israel National News, o caso de Khalil vai além da fraude imigratória. Trata-se de infiltração. Quando um homem com laços a organizações ligadas a focos de terror obtém residência legal nos EUA – enquanto lidera ações agressivas anti-Israel no campus – isso levanta questões de lealdade, ideologia e potencial radicalização.
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Isso não é uma preocupação teórica. O FBI dos EUA alertou repetidamente sobre operações de influência estrangeira e o uso de campi americanos como palcos para propaganda e recrutamento. A possibilidade de que as ocultações de Khalil visassem esconder associações perigosas não pode ser descartada.
Para Israel e a comunidade judaica, o caso é um lembrete arrepiante: o ativismo anti-Israel nos EUA nem sempre termina em gritos e marchas. Às vezes, é apoiado por redes com agendas muito mais sinistras.
Mesmo com a ordem de deportação, Khalil pode nunca sair de fato. Seus advogados preparam apelações, grupos de liberdades civis se mobilizam ao seu lado, e pelo menos uma liminar federal já bloqueia sua remoção imediata. Some-se a isso os obstáculos logísticos de deportá-lo para a Síria ou obter a cooperação da Argélia, e o processo pode se arrastar por anos.
É aqui que reside o verdadeiro teste: os EUA vão impor suas leis e remover um homem que enganou seu caminho para a residência permanente, ou vão ceder à pressão política?
Há uma lição aqui para as democracias. O caso Khalil ilustra o perigo da hesitação. Uma nação que não age contra quem explora sua abertura é uma nação que convida mais abusos. Democracias, seja em Washington ou em Jerusalém, devem ser claras: movimentos que pedem a destruição de Israel não são apenas protestos barulhentos. São parte de uma campanha mais ampla para minar a segurança de dentro.
A ordem de deportação de Khalil deve ser executada. Qualquer coisa menos que isso envia a mensagem de que a América carece de determinação para se defender contra quem explora suas liberdades enquanto busca minar seus aliados.