Uma organização independente de monitoramento divulgou nesta semana um relatório detalhando como o movimento terrorista Hamas assumiu o controle do sistema educacional em Gaza e no Líbano, operado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
O grupo UN Watch intitulou seu relatório de 220 páginas como “Escolas nas Garras do Terror: Como a UNRWA Permit iu que Líderes do Hamas Controlassem Seu Sistema Educacional”.
De acordo com o documento, “Esses estudos de caso mostram em detalhes como o Hamas sequestrou a educação da UNRWA por meio de sua dominação sobre os sindicatos locais de funcionários da UNRWA, particularmente os setores de professores, permitindo que o Hamas controlasse as escolas da UNRWA — as instalações físicas, os professores e o currículo — incluindo impedindo a agência de implementar mudanças para desradicalizar o currículo, bloqueando esforços da UNRWA para disciplinar funcionários por incitar antissemitismo e terrorismo jihadista, e colocando operativos do Hamas em posições sênior de educadores nas escolas”.
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As Forças de Defesa de Israel eliminaram um terrorista do Hamas que, segundo relatos, trabalhava para a UNRWA e liderou o ataque ao abrigo antiaéreo de Reim.
O prédio da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo na Cidade de Gaza, em junho de 2023.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA declarou ao Fox News Digital que “A administração determinou que a UNRWA está irremediavelmente comprometida e agora busca seu desmantelamento completo, juntamente com a devolução dos fundos não gastos restantes. Outras agências da ONU e outros parceiros internacionais mais eficazes são mais do que capazes de intervir para fornecer linhas essenciais de apoio”.
Como afirmado na Ordem Executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, de 04 de fevereiro, sobre o fim do financiamento ou revisão do apoio a certas organizações da ONU e internacionais, ‘A UNRWA foi supostamente infiltrada por membros de grupos há muito designados pelo Secretário de Estado como organizações terroristas estrangeiras, e funcionários da UNRWA estiveram envolvidos no ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro de 2023′”.
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O porta-voz concluiu: “O presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário Rubio declararam há muito tempo que o Hamas nunca governará Gaza novamente. Isso inclui instituições que eles infiltraram para sustentar seu poder e influência”.
Exemplos reveladores do controle do Hamas sobre o sistema educacional da UNRWA incluem, segundo o UN Watch, a expulsão de Matthias Schmale, um membro sênior da equipe internacional da UNRWA que chefiava a operação da agência em Gaza em 2021, porque ele fez um comentário aparentemente pró-Israel em uma entrevista à mídia.
Terroristas do Hamas em formação enquanto palestinos se reúnem em uma rua para assistir à entrega de três reféns israelenses a uma equipe da Cruz Vermelha em Deir el-Balah, no centro de Gaza, em 08 de fevereiro de 2025.
O UN Watch alegou que “levou menos de 10 dias” para os líderes palestinos da UNRWA no terreno, Amir Al-Mishal, então chefe do Sindicato de Funcionários da UNRWA em Gaza, que coordenou com seu predecessor Suhail Al-Hindi, expulsarem Schmale.
Suhail Al-Hindi apareceu publicamente com líderes terroristas do Hamas por muitos anos enquanto trabalhava para a UNRWA, escreveu o UN Watch. A UNRWA se recusou a demitir Al-Hindi. Os EUA e a Europa classificaram o Hamas como uma organização terrorista estrangeira.
O UN Watch acusou a UNRWA de falhar em demitir “Fateh Sharif, que serviu por anos simultaneamente como chefe do Sindicato de Professores da UNRWA no Líbano e como líder sênior do Hamas no Líbano”.
Hillel Neuer, diretor executivo do UN Watch, afirmou: “Por anos, governos têm emitido cheques de bilhões de dólares para a UNRWA acreditando que estavam investindo em paz e tolerância. Nossa investigação revela a verdade chocante: as salas de aula da UNRWA foram sequestradas pelo Hamas e transformadas em incubadoras de ódio. Estados doadores devem confrontar a realidade de que estão financiando o terror por procuração”.
A UNRWA, assolada por escândalos, tem passado de uma controvérsia de corrupção e terrorismo para outra ao longo dos anos, incluindo o auxílio a terroristas do Hamas no assassinato em massa de judeus israelenses e americanos.
Conforme relatado por Fox News, em 2024, o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que Israel tem evidências de que dezenas de indivíduos empregados pela UNRWA participaram do massacre de mais de 1.200 pessoas em 07 de outubro de 2023, no sul de Israel.
Estudantes palestinos em uma sala de aula no primeiro dia de volta à escola Haifa, administrada pela UNRWA no subúrbio sul de Beirute, em 03 de setembro de 2018.
Em agosto, o Fox News Digital obteve uma avaliação pública do Departamento de Estado dos EUA ao Congresso, afirmando: “A administração determinou que a UNRWA está irremediavelmente comprometida e agora busca seu desmantelamento completo”.
Juliette Touma, porta-voz da UNRWA, disse ao Fox News Digital que “Este relatório faz parte de uma campanha de desinformação que esta organização, o chamado watchdog da ONU, tem lançado contra a UNRWA por anos agora. Seus relatórios estão cheios de alegações infundadas e claramente visam destruir a agência que, em seu cerne, fornece educação e saúde em lugares onde ninguém mais quer trabalhar com um grupo de pessoas que é um dos mais vulneráveis na região”.
Touma descartou o relatório, alegando: “Aliás, para dizer que a maioria dos casos referidos no relatório como novos não são novos. 90%, se não mais, já são conhecidos por nós. A grande maioria foi considerada infundada”.
O governo dos EUA parou de financiar a UNRWA devido ao seu apoio a terroristas do Hamas.
Benjamin Weinthal reporta sobre Israel, Irã, Síria, Turquia e Europa. Você pode seguir Benjamin no Twitter @BenWeinthal e enviar e-mail para benjamin.weinthal@fox.com.
