O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, afirmou no último domingo que seu país jamais abandonará as armas nucleares, mesmo elogiando o presidente dos EUA, Donald Trump.
Essas declarações foram feitas durante uma sessão parlamentar e repercutiram amplamente.
Kim afirmou que o mundo sabe bem o que os EUA fazem após forçar outros a renunciar a programas nucleares e se desarmar.
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Apesar da retórica hostil contra a política americana, o líder norte-coreano estendeu um gesto pessoal surpreendente ao presidente Trump.
Pessoalmente, ainda guardo boas memórias do atual presidente dos EUA, Trump, disse Kim. Ele acrescentou que não há motivo para não enfrentar os EUA se o país abandonar a exigência de desnuclearização e aceitar a realidade.
Os comentários de Kim surgem após Trump expressar recentemente o desejo de se encontrar com ele ainda neste ano, destacando uma relação muito boa entre os dois.
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Durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021, ele se reuniu com Kim três vezes – em Singapura, Hanói e na fronteira coreana. Apesar dos encontros históricos, a diplomacia não produziu resultados concretos.
De acordo com o Israel National News, a Coreia do Norte intensificou sua retórica em 2024 e realizou dezenas de lançamentos de mísseis.
No início de novembro, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico em direção ao Mar do Leste, apenas dias após anunciar o teste de um míssil balístico intercontinental, o que provocou condenações da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Japão.
Desde o fim do primeiro mandato de Trump, Kim manteve uma postura confrontadora contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Em janeiro, Kim defendeu a expansão das capacidades nucleares do país. Mais tarde, o líder norte-coreano supervisionou pessoalmente o teste de lançamento de um míssil de cruzeiro estratégico e ordenou preparação total para ataques nucleares.