O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, usou suas redes sociais para elogiar as manifestações organizadas pela esquerda contra o PL da Anistia e a PEC das Prerrogativas.
Esses atos ocorreram no domingo, 21 de setembro de 2025, e reuniram participantes nas capitais de todos os estados brasileiros. Na Avenida Paulista, em São Paulo, por exemplo, cerca de 42 mil pessoas compareceram, de acordo com dados da Universidade de São Paulo (USP).
Na publicação, Gilmar Mendes destacou que as manifestações representam a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia. Ele enfatizou que, em vários momentos, houve demonstrações de apoio ao STF, que, segundo o ministro, esteve mais uma vez à altura de sua história, cumprindo com coragem e firmeza a missão de proteger as instituições e responsabilizar de forma exemplar aqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.
As manifestações de hoje contra a anistia dos atos golpistas são a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia. Em diferentes momentos, registraram-se demonstrações de apoio ao Supremo Tribunal Federal, que esteve, mais uma vez, à altura da sua história.
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De acordo com o Revista Oeste, o magistrado atribuiu o fortalecimento da democracia no país à ação conjunta do Supremo e à mobilização social. Graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos, afirmou Gilmar Mendes. Não por acaso, a bandeira que se estendeu nas ruas foi a do Brasil, símbolo maior da nossa soberania e da unidade nacional. Ele ainda sugeriu que essa mobilização seja canalizada em um pacto nacional entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
As manifestações foram convocadas por duas entidades ligadas ao Psol e ao PT, chamadas Povo Sem Medo e Brasil Popular. Os eventos contaram com a participação de sindicatos, grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de artistas, como Caetano Veloso e Chico Buarque, que foram anistiados em 1979.
Em Salvador, por exemplo, manifestantes usando camisetas do PT e bonés do MST gritavam frases como fascista a gente queima.