O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, exigiu que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas urgentes em resposta ao que ele descreveu como “atrocidades contínuas” contra a comunidade druza no sul da Síria. Em carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança na última quinta-feira, Sa’ar expressou a “profunda preocupação de Israel com as atrocidades recentes e contínuas cometidas no sul da Síria, especialmente na província de Sweida”, alertando que a população druza da região tem enfrentado “ataques brutais”.
De acordo com informações de Israel National News, Sa’ar detalhou em sua carta que “o mundo testemunhou evidências de violência extrema perpetrada contra civis druzos em Sweida: assassinatos e execuções, mutilação de corpos, humilhação pública de civis capturados”. Ele acrescentou que “saques e a destruição e profanação de locais religiosos têm aterrorizado a comunidade local”.
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A carta acusa tanto o regime do presidente Ahmed al-Sharaa quanto suas milícias aliadas de envolvimento direto na violência. “Em muitos casos, esses atos são cometidos pelo regime, suas milícias afiliadas, ou ambos”, afirmou Sa’ar. “O regime sírio é responsável pelas atrocidades cometidas em seu território e deve ser responsabilizado pela comunidade internacional.”
Sa’ar também descreveu os ataques como parte de um padrão mais amplo de violência direcionada contra minorias na Síria, citando “massacres da comunidade alauíta no noroeste, agressão contínua contra populações curdas no norte e ataques de grupos jihadistas, incluindo o ISIS, contra instituições cristãs”.
Alertando contra a complacência internacional, o ministro das Relações Exteriores enfatizou que “a comunidade internacional não deve permanecer em silêncio diante de tal violência direcionada contra comunidades minoritárias, nem se contentar com condenações vazias”.
Ele instou a ONU a enviar uma mensagem clara e inequívoca para Damasco. “Se a comunidade internacional deseja estabilizar a Síria e a região, deve agir firmemente e transmitir uma mensagem clara ao regime sírio: ele será julgado por suas ações, não apenas por suas palavras.”
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Sa’ar solicitou que a carta fosse distribuída como um documento oficial do Conselho de Segurança e mencionou que uma carta semelhante também havia sido enviada ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.