Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou duramente a rejeição unânime da PEC da Blindagem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, ocorrida nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025.

A proposta, que visava condicionar a abertura de processos criminais contra parlamentares à autorização prévia e sigilosa do Congresso, foi arquivada pela comissão após ter recebido aval da Câmara dos Deputados na semana passada.

Eduardo Bolsonaro afirmou nas redes sociais que a decisão enterrou a tentativa de criar garantias de proteção aos parlamentares.

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Para ele, a PEC que o Senado enterrou tentava criar mecanismos de proteção contra o regime de exceção implementado por um Judiciário corrupto e aparelhado.

De acordo com o Revista Oeste, blindagem já existe para os corruptos, comparsas e cúmplices dos agentes do regime que estão no Judiciário.

Eduardo Bolsonaro também acusou o sistema judiciário de perseguir apenas opositores ao governo.

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Só vai para a cadeia parlamentar que ousa pensar diferente dos dogmas da extrema esquerda no poder, afirmou.

Parlamentar corrupto goza de todas as blindagens que seus comparsas no poder permitem.

Atualmente nos Estados Unidos, o deputado responsabilizou governadores e senadores pela derrota da PEC.

Segundo ele, os senadores e os governadores que impediram a criação das garantias mínimas contra o regime de exceção são serviçais complacentes dos tiranos.

Eduardo Bolsonaro ainda criticou o distanciamento dos representantes com a população.

Vocês estão desconectados do povo, embarcados na narrativa da Globo e impressionados com artista fazendo micareta na rua, escreveu, em referência à última manifestação da esquerda no Brasil.

Optaram por manter os poderes ilimitados da burocracia não eleita, por puro medo politiqueiro.

Apesar das críticas, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo Bolsonaro, votaram contra a PEC dentro da CCJ.

O ex-ministro Rogério Marinho, que também integra a comissão, rejeitou a proposta.

Acredito que erraram na dosagem, e o medicamento, quando é dado em excesso, termina sendo veneno, declarou Marinho, ao questionar a adoção do voto secreto para autorizar processos contra parlamentares.

A proposta previa que Câmara e Senado teriam até três meses para decidir, em votação secreta, sobre a autorização de investigações contra seus integrantes.

Caso não houvesse decisão nesse prazo, o processo seguiria automaticamente.

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