Imagens de satélite analisadas pela Associated Press sugerem que o Irã realizou um teste de míssil não declarado no Centro Espacial Imam Khomeini, na província de Semnan, no início deste mês de setembro de 2025. Isso ocorre em meio a uma pressão renovada sobre o programa de armas de Teerã, após a guerra de 12 dias com Israel em junho de 2025.
Autoridades iranianas não confirmaram o lançamento, mas marcas de queimadura visíveis na plataforma circular do local são compatíveis com atividades anteriores de mísseis, conforme analistas citados pela AP. Imagens capturadas em 18 de setembro de 2025 revelaram um rastro de condensação no céu, alimentando especulações sobre um lançamento de míssil, embora a mídia iraniana não tenha noticiado o incidente.
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Fabian Hinz, pesquisador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, afirmou à AP que o padrão de queimaduras indica o lançamento de um míssil de combustível sólido, que deixa marcas de queimadura distintas.
Conforme relatado por Israel National News, o parlamentar iraniano Mohsen Zanganeh apareceu na televisão estatal alegando que a República Islâmica testou com sucesso um míssil balístico intercontinental, sem apresentar evidências. Mísseis balísticos intercontinentais geralmente superam alcances de 5.500 quilômetros, bem além do limite de 2.000 quilômetros declarado publicamente pela liderança do Irã.
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Behnam Ben Taleblu, analista da Fundação pela Defesa das Democracias, disse à AP que o sucesso militar de Israel durante o conflito de junho de 2025 provavelmente motivou Teerã a acelerar o desenvolvimento de mísseis. “Considere isso parte dos esforços de Teerã para se reconstruir melhor e o mais rápido possível”, afirmou.
Apesar das alegações, persistem dúvidas sobre o propósito e o sucesso do lançamento de 18 de setembro de 2025. Analistas observaram que o Irã utilizou a mesma plataforma de lançamento no passado para seus foguetes de combustível sólido Zuljanah, capazes de colocar satélites em órbita, mas que também geram preocupações internacionais devido a potenciais aplicações militares.
Por enquanto, sem reconhecimento oficial de Teerã ou evidências de um novo satélite em órbita, a natureza exata do lançamento permanece incerta.
