Na sede das Nações Unidas, um alto funcionário húngaro conversou com o Fox News Digital nesta semana, destacando que seu país está prestes a seguir os Estados Unidos da América ao declarar o Antifa uma organização terrorista. Ele afirmou que essa medida reflete os laços cada vez mais fortes entre os EUA e a Hungria, agora que a administração Biden terminou.
Péter Szijjártó, ministro das Relações Exteriores da Hungria, declarou que isso demonstra a proximidade entre a atual administração Trump nos EUA e o governo do primeiro-ministro Viktor Orbán em questões políticas importantes. Ele explicou que a Hungria considera o Antifa uma organização extremista que promove uma ideologia extremista, incentivando seus membros e ativistas a atacarem pessoas inocentes, o que é inaceitável.
PUBLICIDADE
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, aliado próximo do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em uma entrevista de rádio no dia 19 de setembro de 2025 que chegou a hora de Budapeste seguir o modelo americano, conforme reportado pela Associated Press.
De acordo com o Fox News, a Hungria pode em breve designar o Antifa como organização terrorista, similar à ação dos EUA.
PUBLICIDADE
Szijjártó mencionou um incidente ocorrido em 2023, no qual ativistas do Antifa agrediram indivíduos que eles acreditavam fazer parte de um evento de extrema-direita em Budapeste, segundo a Associated Press.
A reportagem destacou que uma das supostas agressoras era a ativista antifascista italiana Ilaria Salis, que desde então se tornou membro do Parlamento Europeu, o que lhe concede imunidade contra processos judiciais. Szijjártó disse ao Fox News Digital que é uma vergonha a Hungria não poder tomar medidas legais contra ela.
Ele criticou o Parlamento Europeu, descrevendo-o como um órgão superideologizado e superpolitizado, dominado por uma corrente liberal extremista e agressiva.
Embora a Hungria tenha pedido à União Europeia para também declarar o Antifa uma organização terrorista, Szijjártó expressou pouca esperança de que a UE atue.
Um ex-ativista do Antifa elogiou a decisão de Trump de rotular o grupo como terroristas domésticos.
Enquanto a Hungria enfrenta desafios na Europa, sua relação com os EUA melhorou, com Szijjártó chamando-a de era de ouro.
Sob a administração democrata anterior, os húngaros eram vistos como inimigos, com uma abordagem hostil da Casa Branca do ex-presidente dos EUA, Joe Biden. Desde que o presidente Trump assumiu, isso mudou completamente, e estamos vivendo a era de ouro das relações entre EUA e Hungria, afirmou Szijjártó.
A Hungria apoia o apelo de Trump por maiores gastos na Otan, à medida que a aliança enfrenta pressões renovadas devido a incursões recentes no espaço aéreo da Dinamarca, Estônia e Polônia, algumas ligadas à Rússia.
Szijjártó enfatizou que a Hungria vê a Otan como um pilar muito importante da segurança europeia.
Esperamos que a Otan se fortaleça ainda mais no futuro. Concordamos com a abordagem do presidente Trump de defender o aumento da parcela dos gastos de defesa no PIB dos aliados, disse ele.
Em meio às crescentes tensões entre a Otan e a Rússia, a Hungria está particularmente ciente dos riscos graves de um confronto entre as duas partes.
A Hungria compartilha fronteira com a Ucrânia e testemunhou de perto o impacto da guerra de Kiev com a Rússia. Szijjártó alertou que um confronto entre a Otan e a Rússia poderia desencadear a Terceira Guerra Mundial. No entanto, a Hungria vê Trump como um possível pacificador na região.
O presidente Trump é a única esperança para fazer a paz, afirmou Szijjártó ao Fox News Digital. Ele acrescentou que as conversas entre EUA e Rússia devem continuar para levar o mundo a um lugar estável.
Sempre que há um engajamento civilizado e de alto nível entre Rússia e EUA, a situação de segurança global melhora. Quando faltam conversas entre EUA e Rússia, a situação de segurança global piora, disse ele.
A Associated Press contribuiu para este relatório. Rachel Wolf é repórter de notícias de última hora para o Fox News Digital e FOX Business.