Um grupo de famílias palestinas está exigindo um pedido de desculpas e compensação financeira do governo da Grã-Bretanha por crimes de guerra cometidos durante o período colonial.
Após o governo britânico reconhecer um estado palestino no início desta semana, representantes de 12 famílias palestinas compareceram ao Foreign Office, em Londres, para demandar que o governo da Grã-Bretanha admita os crimes de guerra ocorridos durante o Mandato Britânico na Palestina.
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Os peticionários apresentaram uma petição legal de 400 páginas, na qual alegam que eles e seus familiares foram vítimas de violência, exílio ou repressão durante o período do Mandato Britânico, que durou até 1948.
Victor Kattan, professor e especialista em direito internacional público na University of Nottingham, no Reino Unido, que também atua como porta-voz do grupo de peticionários palestinos, declarou à BBC, após o anúncio do primeiro-ministro Keir Starmer reconhecendo um estado palestino, que o governo da Grã-Bretanha tem a obrigação de reconhecer os supostos crimes de guerra cometidos durante o Mandato, “para promover o entendimento e o conhecimento de seu passado”.
Ele acrescentou: “A Grã-Bretanha negou o autogoverno à comunidade palestina… Empoderou um alto comissário para se comportar como um ditador [e] o povo palestino arcou com o peso. O reconhecimento sozinho não resolve todos esses problemas históricos que, para os palestinos, não são história, mas a realidade viva até hoje”.
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De acordo com o Israel National News, na petição, as famílias palestinas descrevem três décadas de abusos, incluindo assassinatos, tortura, expulsões e punições coletivas por parte das forças britânicas, que suprimiram a população árabe palestina a ponto de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Elas estão demandando compensação financeira e um pedido de desculpas público do governo da Grã-Bretanha.
