A flotilha internacional que busca romper o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza retomou sua jornada no domingo, após realizar reparos em águas gregas, conforme relatos divulgados em 29 de setembro de 2025.
Os organizadores da Flotilha Global Sumud anunciaram que embarcações gregas se juntaram à missão, elevando o número total de barcos civis para 47.
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“Irmãos e irmãs em Gaza, navegamos com esperança em nossos corações. Sua resiliência é nossa bússola, sua luta é nossa luta. Juntos, quebraremos o silêncio do cerco”, declarou o grupo em redes sociais.
A flotilha conta com ativistas de dezenas de países, incluindo cerca de 40 italianos e a ativista climática sueca Greta Thunberg. Os participantes afirmaram que pretendem entregar ajuda humanitária a Gaza na semana que vem.
No sábado, uma flotilha de dez embarcações partiu da Sicília, no sul da Itália, com o objetivo de se unir à Flotilha Global Sumud.
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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reiterou no domingo sua proposta para que a flotilha redirecione sua carga para Chipre, onde a Igreja Católica Romana supervisionaria a distribuição para Gaza. Os organizadores rejeitaram a oferta.
A jornada da Global Sumud foi complicada por pelo menos dois supostos ataques de drones enquanto as embarcações estavam ancoradas na costa da Tunísia.
As autoridades tunisianas inicialmente negaram a presença de qualquer drone na área, mas depois mudaram de posição e alegaram que as embarcações foram alvos de um “ataque premeditado”.
Na quarta-feira, a flotilha alegou ter sido atacada em águas internacionais perto de Creta por drones equipados com granadas de atordoamento e irritantes. O incidente causou danos, mas não resultou em feridos.
De acordo com o Israel National News, a Itália e a Espanha posicionaram navios navais próximos à flotilha para possíveis operações de resgate e suporte humanitário.
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu um alerta aos participantes da flotilha, a qual se referiu como “Flotilha do Hamas”, afirmando que Israel não permitirá violações ao bloqueio naval em Gaza.
“Essa flotilha, organizada pelo Hamas, tem o intuito de servir ao Hamas. Israel não permitirá que embarcações entrem em uma zona ativa de combate e não permitirá a violação de um bloqueio naval legal”, esclareceu o comunicado.
“Se o desejo genuíno dos participantes da flotilha for entregar ajuda humanitária em vez de servir ao Hamas, Israel convida as embarcações a atracarem na Marina de Ashkelon e descarregarem a ajuda lá, de onde ela será transferida prontamente de forma coordenada para a Faixa de Gaza”, acrescentou.
“Israel insta os participantes a não violarem a lei e a aceitarem a proposta de Israel para uma transferência pacífica de qualquer ajuda que possam ter”, concluiu o comunicado.