O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia um novo período nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025, com a posse do ministro Luiz Edson Fachin na presidência da Corte e Alexandre de Moraes na vice-presidência. Os dois permanecerão nos cargos pelos próximos dois anos.
A cerimônia de posse, agendada para esta segunda-feira, deve contar com a presença de presidentes dos outros Poderes, além de representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.
PUBLICIDADE
Luiz Edson Fachin, natural de Rondinha (RS) e com 67 anos, construiu uma carreira acadêmica robusta. Ele se graduou em Direito pela Universidade Federal do Paraná em 1980, concluiu mestrado e doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e realizou pós-doutorado no Canadá. Além disso, foi pesquisador no Instituto Max Planck, na Alemanha, e professor visitante no King’s College, na Inglaterra.
Antes de ingressar no STF, Fachin atuou como professor titular de Direito Civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR), integrou a comissão do Ministério da Justiça para a Reforma do Judiciário e colaborou na elaboração do novo Código Civil no Senado. Ele também serviu como procurador do Estado do Paraná de 1990 a 2006 e exerceu a advocacia.
De acordo com o Revista Oeste, Fachin foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff e tomou posse como ministro do Supremo em junho de 2015. No tribunal, ele é relator de processos importantes, como os relacionados à Lava Jato, à ADPF das Favelas e ao marco temporal das terras indígenas.
PUBLICIDADE
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fachin ocupou a presidência em 2022 e atuou como integrante titular desde 2018.
Alexandre de Moraes, paulista de 56 anos, integra o STF desde março de 2017, por indicação do ex-presidente Michel Temer. Ele se formou em Direito pela USP em 1990, onde também obteve doutorado e exerce a docência como professor titular.
Com 11 anos de experiência como promotor de Justiça em São Paulo, Moraes foi secretário de Justiça do Estado entre 2002 e 2005. Depois, atuou como secretário de Segurança Pública e, posteriormente, como ministro da Justiça no governo Temer. Ele coordenou áreas de inteligência e segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio em 2016.
Moraes participou da elaboração do Plano Nacional de Segurança Pública, lançado em 2017, e integrou a primeira composição do Conselho Nacional de Justiça entre 2005 e 2007. Ele está no Tribunal Superior Eleitoral desde 2017.