Roque de Sá/Agência Senado

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Credn) da Câmara dos Deputados do Brasil vai receber o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em uma audiência pública na próxima quarta-feira, 1º de outubro de 2025.

O encontro será focado na discussão de vários aspectos da política externa do Brasil, em meio a uma crescente cobrança do Congresso Nacional por maior transparência nas atividades do Itamaraty.

Na semana passada, os deputados aprovaram duas medidas direcionadas ao Ministério das Relações Exteriores, liderado por Mauro Vieira.

O deputado Zucco, do PL-RS, apresentou um requerimento exigindo detalhes sobre as importações de ureia realizadas por empresas brasileiras vindas do Irã.

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De acordo com a Revista Oeste, essas transações representam “alto risco”, pois envolvem entidades sob sanções dos Estados Unidos, como a Pardis Petrochemical Company, que é subsidiária da estatal iraniana NPC, vinculada ao Ministério do Petróleo do Irã.

Outro requerimento aprovado veio do deputado Marcos Pollon, do PL-MS, solicitando esclarecimentos de Vieira sobre a política nuclear do Brasil.

Pollon expressou preocupação com declarações recentes do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defendeu o planejamento para o desenvolvimento de uma “defesa nuclear”.

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Para o parlamentar, “tal manifestação, partindo de autoridade que não detém prerrogativa e nem competência para deliberar sobre o assunto, causa legítima preocupação e exige esclarecimentos formais”.

Além dos assuntos diretamente relacionados ao Itamaraty, a Credn também aprovou requerimentos do deputado André Fernandes, do PL-CE, direcionados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Ele pediu uma auditoria sobre a antecipação da viagem da primeira-dama Rosângela Lula da Silva a Nova York e solicitou que a Casa Civil preste esclarecimentos sobre o caso.

Fernandes ainda obteve aprovação para um segundo pedido de auditoria ao TCU, desta vez para investigar convênios e empréstimos internacionais nos ministérios das Cidades e de Minas e Energia.

Ambos os ministérios foram alvos da Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2025, que investiga irregularidades em contratos públicos.

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