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Na terça-feira, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, declarou que qualquer acordo sobre o programa de armas nucleares do Irã exigiria que a República Islâmica “parasse e eliminasse seu programa de enriquecimento e weaponização nuclear”. Esta foi uma mudança abrupta para Witkoff, que um dia antes havia indicado, contrário à posição de Israel, que Washington estaria satisfeito com um limite no enriquecimento nuclear iraniano e não exigiria o desmantelamento de suas instalações nucleares.

Witkoff afirmou em um comunicado oficial de seu escritório no X: “Um acordo com o Irã só será concluído se for um acordo Trump. Qualquer acordo final deve estabelecer um marco para paz, estabilidade e prosperidade no Oriente Médio — o que significa que o Irã deve parar e eliminar seu programa de enriquecimento e weaponização nuclear”.

É imperativo para o mundo que criemos um acordo rigoroso e justo que perdure, e isso é o que o Presidente Trump me pediu para fazer”, disse Witkoff, que no sábado iniciou conversas nucleares com o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi.

Na segunda-feira, em uma entrevista à Fox TV, Witkoff havia indicado que a administração buscava um acordo que limitasse, em vez de destruir, o programa nuclear iraniano, com um limite baixo no enriquecimento de urânio e verificações de que o Irã não estava avançando na potencial weaponização. A próxima rodada de negociações com o Irã, ele disse, focaria na “verificação do programa de enriquecimento e, em seguida, na verificação da weaponização. Isso inclui mísseis — o tipo de mísseis que eles têm estocados lá. E inclui o gatilho para uma bomba”, ele acrescentou.

O Irã tem enriquecido urânio a 60%, um pequeno passo para o nível de armas, sem aplicações civis, e melhorado seus sistemas de mísseis balísticos.

Não estava claro se a declaração endurecida de Witkoff veio antes ou depois de uma reunião de altos funcionários dos EUA, supostamente convocada pelo Presidente Donald Trump na Casa Branca na manhã de terça-feira para discutir as negociações nucleares.

A declaração veio enquanto a Rússia se recusava a dizer se apoiaria ou não o acordo.

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