O Parlamento da Espanha deve discutir na próxima semana uma proposta para impor um embargo de armas a Israel, após uma decisão tomada pelo governo espanhol na semana passada.
De acordo com o Israel National News, o debate ocorrerá na próxima terça-feira, coincidindo com o aniversário do brutal massacre de 7 de outubro realizado pelo Hamas contra Israel.
A proposta abrange tanto a venda quanto a compra de armas de Israel.
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No entanto, a aprovação da proposta não é garantida, pois até mesmo alguns parceiros de coalizão de esquerda se opõem a ela, argumentando que se trata de um “embargo falso”.
A iniciativa surge em meio a tensões crescentes entre Madri e Jerusalém. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, se posicionou como um dos críticos mais vocais na Europa à política de Israel em Gaza, acusando o Estado judeu de genocídio.
Em novembro de 2023, o embaixador da Espanha em Israel foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores após Sánchez afirmar que Israel viola o direito internacional e realiza matanças indiscriminadas em Gaza.
Em abril passado, Sánchez criticou o que chamou de “resposta desproporcional” de Israel na guerra em Gaza, dizendo que isso arrisca desestabilizar o Oriente Médio e, consequentemente, o mundo inteiro.
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Em maio, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, defendeu sanções internacionais contra Israel, citando o conflito em curso com o Hamas em Gaza.
Em meados de setembro, a Espanha cancelou formalmente um contrato para a aquisição de 12 sistemas de lançamento de foguetes SILAM, que são uma variante da plataforma PULS desenvolvida pela empresa israelense Elbit Systems.