O rabino Daniel Walker, líder da sinagoga em Manchester, na Grã-Bretanha, relatou os momentos de terror vividos durante um ataque no Yom Kippur, quando dois judeus foram assassinados. Ele mencionou que observou o terrorista Jihad al-Shami antes mesmo do início da oração.
Ao chegar à sinagoga, o rabino notou algo estranho do lado de fora do portão: uma pessoa agindo de forma agressiva e suspeita, conforme descreveu em entrevista ao canal de televisão britânico ITV.
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Meia hora após o início da oração, um barulho alto veio de fora, com gritos. Alguém tentava entrar armado com uma faca.
De acordo com Rabbi Walker, um grupo de homens da comunidade correu para ajudar e tentou bloquear as portas. “Havia muitos de nós lá que tentaram impedi-lo de entrar. Eram homens muito corajosos”, afirmou o rabino.
Ele destacou com emoção os membros da comunidade que se feriram ao tentar deter o atacante. “Eles ainda estão hospitalizados. Se não fosse por eles, não estaríamos aqui agora.”
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Questionado sobre o agressor, o rabino respondeu: “Não estou disposto a desperdiçar espaço mental com ele. Ele era mau. Quero me concentrar no bem e no sagrado. Encontrei o mal face a face. Não podemos deixar o mal vencer. Cada um de nós precisa mudar – de uma forma muito tangível.”
De acordo com o Israel National News, autoridades na Grã-Bretanha anunciaram nesta manhã que as duas vítimas fatais eram Adrian Dawley, de 53 anos, e Melvin Kravitz, de 66 anos.
Outras quatro pessoas ficaram feridas – três delas em estado grave, incluindo um guarda de segurança da sinagoga que confrontou o terrorista.
A polícia local informou que o terrorista foi baleado pelos agentes chamados ao local.
De acordo com estimativas na Grã-Bretanha, uma das duas vítimas fatais foi atingida por um disparo de um dos policiais – e não pelo terrorista.