O vice-primeiro-ministro britânico, David Lammy, enfrentou uma onda de vaias e interrupções na tarde de sexta-feira, ao discursar em uma vigília perto da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, em Manchester.
O evento ocorreu após um ataque terrorista durante o Yom Kippur, um dia antes, que resultou na morte de um fiel e ferimentos em vários outros.
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A multidão, reunida sob chuva torrencial, acusou Lammy e o governo britânico de fomentar o antissemitismo em todo o Reino Unido, especialmente nos campi universitários, e exigiu o fim das marchas semanais anti-Israel.
As tensões aumentaram devido à recente decisão do governo britânico de reconhecer um estado palestino.
Gritos como “vá para a Palestina, nos deixe em paz” e “vergonha para você” ecoaram enquanto Lammy, que também é secretário de Justiça, tentava transmitir uma mensagem de unidade.
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Um homem gritou: “Vocês são todos culpados. Vocês permitiram o ódio aos judeus em Manchester, nas ruas. Não queremos que você fale aqui hoje.” Outro acrescentou: “Palavras vazias. Queremos ação.”
O discurso de Lammy foi interrompido repetidamente. Risos de deboche surgiram quando ele começou com “amigos”, e gritos de “parem as marchas” e “vocês têm sangue nas mãos” o forçaram a pausar várias vezes.
De acordo com o Israel National News, Lammy afirmou: “Nós nos solidarizamos com o povo judeu. Os judeus… estão aterrorizados pelos eventos de ontem – de se tornarem alvos, vítimas de ódio antissemita, simplesmente por quem são.”
Ele elogiou a força e a resiliência da comunidade judaica, declarando: “Vocês nunca serão intimidados.” Mas, ao falar sobre desafiar terroristas, um homem gritou: “Vocês permitiram isso, todo sábado”, referindo-se às manifestações anti-Israel.
Lammy pediu aos organizadores de marchas relacionadas a Gaza que “reflitam com toda a dignidade humana, graça e compreensão” e que “parem e recuem”.