Dois anos após o massacre bárbaro do Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel, um novo relatório global da Combat Antisemitism Movement (CAM) confirma que os incidentes antissemitas não diminuíram, mas se intensificaram, cruzando fronteiras e se infiltrando no mainstream.
O que começou como uma onda de ódio nas horas e dias seguintes ao massacre evoluiu para uma epidemia global sustentada. Nos últimos dois anos, o antissemitismo se tornou mortal, incluindo casos recentes em Boulder, no Colorado, nos EUA, em Washington DC, nos EUA, e em Manchester, no Reino Unido. O ódio aos judeus, outrora obsessão das margens, transformou-se em uma força pública e normalizada que ameaça judeus em todo o mundo e as sociedades em que vivem.
De acordo com o Israel National News, dados coletados pelo Centro de Pesquisa de Antissemitismo da CAM, entre 7 de outubro de 2023 e 1 de outubro de 2025, registraram 13.339 incidentes antissemitas em todo o mundo. Apenas os últimos três meses de 2023 tiveram quase tantos casos quanto todo o ano de 2022, enquanto 2024 quebrou todos os recordes anteriores, com mais de 6.300 incidentes — o dobro do ano anterior. Nos Estados Unidos, atos antissemitas em campi universitários quase triplicaram, passando de 249 em 2022 para 742 em 2024. A tendência continuou em 2025, com mais de 5.100 incidentes documentados até 1 de outubro e projeções sugerindo cerca de 6.800 até o final do ano.
PUBLICIDADE
Comunidades judaicas em todas as regiões agora enfrentam ameaças crescentes à sua segurança e liberdade, desde ataques violentos e vandalismo até intimidação, assédio e a negação de seu direito de viver e cultuar sem medo.
Desde o massacre do Hamas em Israel há dois anos, o monitoramento contínuo da CAM revelou uma disseminação e normalização global sem precedentes do ódio aos judeus nos tempos modernos.
PUBLICIDADE
Sacha Roytman Dratwa, CEO da Combat Antisemitism Movement, afirmou: “Dois anos após 7 de outubro, as feridas não cicatrizaram — e o ódio não diminuiu. O massacre do Hamas não foi apenas um ataque a Israel; foi um ponto de virada para judeus em todos os lugares. O que se seguiu foi a maior onda de antissemitismo na história moderna — e essa onda não desacelerou. Ela se aprofundou, se espalhou e foi desculpada.”
“Isso não é mais um problema apenas judaico. É um teste moral para a humanidade. Quando judeus são alvos impunemente, todo valor democrático está em perigo. O silêncio é cumplicidade — e o silêncio é exatamente o que alimenta o ódio.”
“Toda pessoa deve decidir: virar as costas ou tomar uma posição. Porque a luta contra o antissemitismo é a luta pela verdade, liberdade e dignidade humana em si. Nesta data de aniversário, convocamos todas as pessoas de consciência a confrontar mentiras, rejeitar o ódio aos judeus e garantir que ‘Nunca Mais’ não seja apenas um slogan — mas uma promessa cumprida.