O grupo terrorista Hamas está exigindo que Israel libere os corpos dos irmãos Yahya Sinwar e Mohammed Sinwar como parte de qualquer acordo de troca de prisioneiros, conforme relatado por mediadores árabes.
Yahya Sinwar, que foi solto da prisão no acordo Shalit de 2011, foi o principal responsável pelo massacre de 7 de outubro de 2023 e liderou o grupo terrorista por anos; seu irmão Mohammed assumiu o comando após a morte de Yahya.
Segundo o Israel National News, Israel já recusou anteriormente essa exigência de entregar os corpos.
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Na tarde de terça-feira, um alto oficial do Hamas declarou à Al Jazeera que o grupo terrorista exige que as etapas de liberação dos reféns sejam vinculadas às fases de retirada completa das forças israelenses. Eles afirmaram que a liberação do último refém “deve ocorrer simultaneamente com a retirada final das forças israelenses”. A delegação do Hamas também destacou a necessidade de garantias internacionais para um “cessar-fogo permanente e retirada total”.
De acordo com relatos, a lista de prisioneiros que o Hamas exige liberar inclui aqueles que eles classificam como “grandes nomes” — Marwan Barghouti, Ahmad Sa’adat, Hassan Salameh, Abbas al-Sayed e outros.
Embora a exigência de liberação dos corpos dos irmãos Sinwar não contradiga diretamente o plano proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para um cessar-fogo, a demanda de vincular a retirada das Forças de Defesa de Israel à liberação dos reféns vai contra a proposta: Pelo plano de Trump, todos os reféns, vivos e falecidos, seriam libertados em até 72 horas após a aceitação do plano, em troca de 250 terroristas condenados e 1.700 gazenses detidos desde 7 de outubro de 2023. As negociações para o fim da guerra ocorreriam após a troca.
A recusa de Israel em liberar os corpos dos irmãos Sinwar se deve ao enorme simbolismo que eles representam, além das questões estratégicas envolvidas na liberação.