Nesta semana, o JPMorgan Chase anunciou um investimento de US$ 1,5 trilhão para diminuir a dependência dos Estados Unidos da China, com o CEO Jamie Dimon alertando que o país se tornou excessivamente dependente de nações adversárias para suprimentos essenciais.
Dimon, uma das vozes mais influentes em Wall Street, apresentou a Iniciativa de Segurança e Resiliência da empresa para enfrentar esse problema na segunda-feira. Por meio dessa iniciativa, o JPMorgan vai investir até US$ 10 bilhões em quatro áreas principais: cadeia de suprimentos e manufatura avançada, defesa e aeroespacial, independência e resiliência energética, e tecnologias de fronteira e estratégicas.
O governo dos EUA permitiu que o país se tornasse excessivamente dependente de fontes não confiáveis de minerais críticos, produtos e manufatura, todos essenciais para nossa segurança nacional”, escreveu Dimon em um artigo de opinião no Wall Street Journal ao anunciar a iniciativa.
A América precisa de mais velocidade e investimento”, escreveu Dimon. “Nossos adversários e potenciais adversários não estão esperando – não temos mais o luxo do tempo.
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Precisamos agir agora”, enfatizou Dimon.
Atualmente, a China produz 60% dos minerais de terras raras do mundo e realiza até 90% do processo de refino para torná-los adequados para produtos cotidianos. Smartphones, sistemas de defesa, baterias e dispositivos médicos contêm minerais críticos.
De acordo com o Daily Wire, em uma ligação com a imprensa, Dimon destacou que essa decisão é uma “iniciativa do JPMorgan”, reforçando que foi desenvolvida de forma independente de influências políticas ou do setor público.
Embora não seja estruturada como uma parceria público-privada, o esforço se alinha aos iniciativas da administração Trump para reduzir a dependência americana de governos estrangeiros em recursos essenciais. Para combater o domínio da China em minerais críticos, a administração Trump adquiriu participações acionárias em três empresas de mineração: MP Materials Corp, Lithium Americas Corp e Trilogy Metals Inc.
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Documentos públicos divulgados pela Agência de Logística de Defesa do Pentágono mostram planos para estocar até US$ 1 bilhão em minerais críticos, destacando sua importância estratégica.
A mineração nem sempre foi tão favorável politicamente.
Hoje, minha administração interrompeu uma estrada de 211 milhas que cortaria uma área pristina na qual comunidades nativas do Alasca dependem, além de medidas que estamos tomando para manter proteções em 28 milhões de acres no Alasca contra mineração e perfuração”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em 2024.
O presidente Trump reverteu essa decisão na segunda-feira passada, citando que o projeto contém “depósitos extensos de cobre, prata, ouro, chumbo, cobalto e outros metais estratégicos”.
A pausa original de Biden seguiu um relatório do Bureau of Land Management alertando que o projeto “exigiria mais de 3.000 travessias de riachos e poderia impactar populações de vida selvagem em risco, incluindo sheefish, o rebanho de caribus do Ártico Ocidental já em declínio e outros recursos de subsistência”.
Durante seu primeiro mandato, Trump enfrentou críticas após finalizar planos para mineração e perfuração em terras nacionais em Utah.
Na época, Kamala Harris disse: “Não podemos permitir que tesouros nacionais como esses sejam abertos para extração de madeira, mineração e perfuração de petróleo por causa do presidente Trump”.
A senadora Elizabeth Warren (D-MA) prometeu durante sua campanha presidencial de 2020 reverter as políticas de mineração de Trump no primeiro dia no cargo.
A mudança climática ameaça todos os seres vivos”, disse Warren. “No dia um, farei tudo o que uma presidente pode fazer sozinha para combater essa crise: reverter as mudanças que Trump está implementando, parar toda nova perfuração e mineração em terras federais e acabar com a perfuração offshore”.
O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer (D-NY), disse: “Essas terras públicas pertencem a todos os americanos. Abrí-las para mineração e perfuração contra a vontade do povo é inaceitável”.
O setor de metais e mineração da China ultrapassou US$ 10 bilhões em 2023, com uma taxa de crescimento de 131% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Neste ano, o setor de metais e mineração da China alcançou novos recordes de investimento, superando o recorde anterior de 2024 nos primeiros seis meses.
