Os Estados Unidos estão avançando na criação de uma força internacional para estabilizar Gaza, conforme revelado por assessores seniores do governo americano na quarta-feira, 14 de outubro de 2025, alinhado ao plano de paz para Gaza do presidente Donald Trump.
Um elemento central dessa iniciativa é a formação de uma força de estabilização apoiada pelos EUA, com Washington concordando em contribuir com até 200 soldados em suporte, embora nenhum deles seja enviado diretamente para dentro de Gaza.
Em uma conversa com jornalistas, os assessores destacaram as tensões contínuas entre as forças israelenses e os terroristas do Hamas no enclave. “No momento, o que estamos buscando é apenas uma estabilização básica da situação. A força internacional de estabilização está começando a ser construída”, afirmou um dos assessores.
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Os Estados Unidos estão em negociações com vários países sobre sua participação na força, incluindo Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Catar e Azerbaijão. Até duas dúzias de soldados americanos já estão na região, atuando em funções de “coordenação e supervisão” para ajudar a montar a operação.
“O objetivo é usar todos os diferentes parceiros locais que querem ajudar e se envolver”, acrescentou o assessor.
De acordo com o Israel National News, após a execução de sete homens pelo Hamas na Cidade de Gaza, acusados de colaborar com Israel, discussões foram iniciadas sobre a criação de zonas seguras para civis, a fim de evitar mais incidentes semelhantes, segundo o assessor.
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O segundo assessor esclareceu que nenhum habitante de Gaza seria forçado a deixar o enclave. Esforços de reconstrução estão sendo considerados em áreas livres da presença do Hamas.
Quanto à recuperação dos reféns israelenses assassinados em Gaza, os assessores pediram paciência, afirmando que os restos mortais estão supostamente enterrados sob escombros e munições não detonadas, o que complica as buscas. De acordo com os assessores, discussões estão em andamento sobre oferecer recompensas por informações que possam levar à descoberta dos restos.
Os comentários vieram horas após a ala armada do Hamas alegar que não possui mais reféns falecidos em sua custódia.
“Cumprimos nossa parte do acordo, liberamos todos os reféns vivos e o que tínhamos de reféns falecidos. Quanto ao resto, precisaremos de grandes esforços e ferramentas especiais para encontrá-los”, afirmou a organização em um comunicado.
Autoridades israelenses informaram à administração Trump que o progresso no acordo de cessar-fogo em Gaza não pode continuar a menos que o Hamas intensifique os esforços para recuperar os corpos dos reféns israelenses, conforme um relatório do Axios.
Pelos termos do acordo atual, o Hamas é obrigado a fazer um “esforço máximo” para devolver os corpos de 28 reféns falecidos, incluindo dois cidadãos americanos. Autoridades israelenses argumentam, como citado pelo Axios, que o Hamas não está cumprindo esse compromisso.
De acordo com o relatório, uma possível quebra no acordo foi evitada por pouco após o Hamas devolver cinco corpos nos últimos dois dias, elevando o total recuperado para nove. Isso levou Israel a adiar uma redução planejada nos envios de ajuda para Gaza e manter aberta a passagem de fronteira entre Egito e Gaza.