No último ano, e especialmente nos meses recentes, moradores do kibutz de Beit Rimon, na Baixa Galileia, em Israel, relataram incidentes de tiros vindos de vilarejos árabes próximos.
De acordo com o Israel National News, o residente local Oz Kedoshim informou que os disparos partem dos vilarejos árabes de Rumat al-Heib, Rumaneh e Uzeir.
Kedoshim descreveu uma realidade cotidiana em que ocorrem dois ou três incidentes de tiros por dia, incluindo rajadas de Kalashnikovs ou M16s, além de fogos de artifício.
Ele destacou que os moradores denunciam regularmente à polícia israelense, mas, na visão dele, o problema não recebe qualquer tratamento efetivo.
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Uma queixa enviada ao ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, também não gerou resultados, segundo Kedoshim. Alguém o contatou, ele pediu os números dos casos, que foram enviados, mas nada mudou.
No último sábado, 18 de outubro de 2025, um evento incomum aconteceu: um casamento à tarde se estendeu até a noite com tiros intensos e ininterruptos. A polícia não apareceu nem interrompeu o evento de forma alguma, relatou Kedoshim.
Os residentes vivem em medo constante, e Kedoshim contou que seu próprio carro foi atingido por uma bala perdida. Ele estava em Kafr Kanna para trocar um pneu furado quando o dono da oficina chegou de carro, e de repente uma bala acertou o capô.
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Kedoshim afirmou que há uma grande quantidade de armas ilegais na região. Todo mundo aqui tem armas, e ninguém se importa. Uma pessoa me mostrou lojas que vendem armas. Só em Kafr Kanna, estima-se que haja cerca de 10.000 armas ilegais de vários tipos. Alguém precisa acordar, disse ele.
Fontes da polícia israelense responderam que o Distrito Norte opera com intensidade maior nas comunidades próximas a Beit Rimon. A polícia coleta inteligência constantemente sobre incidentes de tiros e os previne. Estamos apreendendo armas continuamente e trabalhando duro para manter a segurança dos cidadãos.
Eles observaram que, recentemente, um suspeito, que é soldado, foi preso por disparar com uma arma longa, e uma acusação grave por posse de armas e tiros em público será apresentada contra ele em breve.
A equipe do ministro acrescentou que Ben-Gvir participa de grupos de WhatsApp das comunidades e ouve os alertas dos moradores. No passado, a polícia não entrava nos vilarejos, mas agora há ampla atividade policial no assunto. Quando você levanta as pedras, as cobras saem. Estamos agindo com toda a força contra o crime. Há muito trabalho a fazer, mas estamos trabalhando e, se Deus quiser, vamos conseguir.