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O Hamas revisou discretamente sua contagem de vítimas na guerra em Gaza, removendo centenas de nomes de sua lista oficial de mortos e revelando que 72% das fatalidades eram homens entre 13 e 55 anos, uma faixa etária majoritariamente composta por combatentes, contradizendo suas alegações anteriores de que a maioria eram mulheres e crianças. A descoberta, reportada pelo Fox News Digital na quinta-feira, 27 de março de 2025, foi detalhada por Salo Aizenberg, da HonestReporting, e David Adesnik, da Foundation for Defense of Democracies, após análises independentes das listas do grupo.

Aizenberg constatou que o relatório de março de 2025 do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, excluiu 3.400 nomes presentes em 2024, incluindo mais de 1.080 crianças. “Essas ‘mortes’ nunca ocorreram. Os números foram falsificados novamente”, afirmou, destacando que as cifras originais foram amplamente usadas por organizações como a ONU e o Tribunal Penal Internacional (TPI). A ONU não respondeu ao Fox News Digital sobre possíveis arrependimentos por divulgar esses dados, enquanto o TPI, investigando Israel por crimes de guerra, evitou comentários para “proteger a integridade das investigações”.

Adesnik, que também rastreou os números, confirmou que 72% dos mortos estão na faixa de 13 a 55 anos, com um excesso significativo de homens: 588 contra 385 mulheres aos 13 anos, e 800 contra 285 aos 19 anos. “De 13 a 59 anos, há mais de 15 mil homens excedentes, indicando quantos podem ser combatentes”, disse. Ele apontou inconsistências no registro: “Cerca de 2.000 nomes desaparecem e outros são adicionados ao longo do tempo.”

O Hamas mantém duas listas: uma de mortes confirmadas por hospitais e outra de relatos familiares via formulário online, muitas vezes para corpos irrecolhíveis. Zaher Al Wahidi, chefe de estatísticas do ministério, admitiu ao Sky News que nomes do formulário foram removidos por precaução, pendentes de investigação judicial, pois “muitos morreram de causas naturais”. Ele sugeriu que famílias falsificaram dados por promessas de auxílio financeiro. Adesnik explicou: “Oficiais perceberam imprecisões e começaram a eliminá-los silenciosamente, substituindo dados para encobrir a manipulação inicial.”

A revisão apoia declarações de Benjamin Netanyahu, que estimou 30 mil mortos — 14 mil combatentes e 16 mil civis —, contrastando com a narrativa do Hamas de 70% de mulheres e crianças. Um ataque israelense em 23 de março, que matou 15 trabalhadores humanitários, incluindo um paramédico, segundo a ONU e o Crescente Vermelho Palestino, reacendeu o debate. A IDF alegou erro de identificação durante uma operação secreta, após um confronto com terroristas na mesma área, e segue investigando, de acordo com a Fox News.

Paralelamente, a IDF anunciou a morte de Mohammed Saleh Mohammed Al-Bardawil, líder sênior do Hamas, em uma operação direcionada. Apresentado como jornalista em Gaza, ele produzia vídeos de propaganda, incluindo imagens de reféns israelenses. “Continuaremos a desmantelar a infraestrutura do Hamas para proteger os civis israelenses”, afirmou a IDF, negando ataques deliberados a crianças.

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