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Na terça-feira, as Maldivas anunciaram a proibição da entrada de cidadãos israelenses no arquipélago turístico de luxo, demonstrando “solidariedade resoluta” com o povo palestino. O presidente Mohamed Muizzu ratificou a legislação logo após a aprovação pelo parlamento naquele mesmo dia.

A ratificação reflete a posição firme do governo em resposta às “atrocidades contínuas e atos de genocídio em curso cometidos por Israel contra o povo palestino”, conforme declarado pelo escritório de Muizzu. Israel rejeitou todas as acusações de genocídio.

As Maldivas reafirmam sua solidariedade resoluta com a causa palestina”, dizia o comunicado. A proibição entrará em vigor imediatamente, informou um porta-voz do escritório de Muizzu à AFP.

As Maldivas, uma pequena república islâmica composta por 1.192 ilhotas de coral estrategicamente localizadas, são conhecidas por suas praias de areia branca isoladas, lagoas rasas de águas turquesa e refúgios ao estilo Robinson Crusoe.

Dados oficiais indicam que apenas 59 turistas israelenses visitaram o arquipélago em fevereiro, entre 214.000 outros visitantes estrangeiros. No entanto, quase 11.000 israelenses visitaram o destino turístico de luxo no ano passado, representando uma pequena fração de 0,6% do total de chegadas de turistas nas Maldivas.

Partidos de oposição e aliados do governo nas Maldivas pressionaram Muizzu a proibir a entrada de israelenses como uma declaração de oposição à guerra em Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel alertou seus cidadãos no ano passado para evitar viajar para as Maldivas. Na época, o governo das Maldivas anunciou uma decisão do gabinete para alterar as leis a fim de impedir a entrada de portadores de passaportes israelenses no país e também estabelecer um subcomitê para supervisionar o processo.

Em dezembro de 2023, Israel emitiu um aviso de viagem aos seus cidadãos contra visitar as Maldivas, citando o aumento do sentimento anti-Israel durante a guerra com o Hamas. O aviso veio “devido ao ambiente anti-Israel intensificado, incluindo comentários públicos de oficiais”.

Israel não mantém laços diplomáticos com a nação de maioria muçulmana desde que foram suspensos em 1974.

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