Um relatório recente dos países da Colômbia, Panamá e Costa Rica mostra que as políticas de fronteira do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, levaram mais de 14 mil migrantes que planejavam entrar nos Estados Unidos a mudar de direção e retornar ao sul.

De acordo com informações de Daily Wire, migrantes que estavam viajando para o sul e foram entrevistados nos escritórios de ouvidoria desses países eram quase todos venezuelanos (97%). Cerca de metade deles declarou que pretendia retornar à Venezuela. Quase todos afirmaram que estavam voltando porque não podiam mais entrar legalmente nos EUA.

As razões citadas pelos imigrantes para mudar de direção, conforme o relatório, incluem: recusa de entrada nos Estados Unidos (49%); mudanças na política de imigração (46%); medo de detenção ou deportação (17%); e falta de recursos financeiros (34%). O relatório foi elaborado por uma comissão formada pelo Escritório do Ombudsman da Costa Rica e pelos Escritórios de Ombudsman do Panamá e da Colômbia, com a ajuda do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O relatório também indicou que a migração para o norte caiu 97% em 2025.

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Um imigrante declarou: “É hora de voltar – o sonho americano não era assim.

Em abril de 2023, The Atlantic observou que, pela primeira vez na história recente, as pessoas que passavam pela América Central estavam se movendo principalmente para o sul. Esse novo fluxo migratório parece ter sido desencadeado pela repressão da administração Trump tanto nas travessias legais quanto ilegais na fronteira sul dos EUA. Em março de 2023, Omer Badilla Toledo, que supervisiona a política de migração do governo da Costa Rica, disse que seu país estava processando mais de 200 mil pedidos de asilo.

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Quando o presidente Trump assumiu o cargo em 20 de janeiro de 2017, ele emitiu uma proclamação que observava que a Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA afirma que “sempre que o presidente constatar que a entrada de qualquer estrangeiro ou de qualquer classe de estrangeiros nos Estados Unidos seria prejudicial aos interesses dos Estados Unidos, ele pode, por proclamação, e pelo período que considerar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou de qualquer classe de estrangeiros como imigrantes ou não imigrantes, ou impor quaisquer restrições à entrada de estrangeiros que considerar apropriadas.

Ele acrescentou: “Eu proclamo, em conformidade com as seções 212(f) e 215(a) da INA, 8 U.S.C. 1182(f) e 1185(a), que estrangeiros envolvidos na invasão através da fronteira sul dos Estados Unidos a partir da data desta proclamação estão restritos de invocar disposições da INA que permitiriam sua permanência contínua nos Estados Unidos, incluindo, mas não se limitando à seção 208 da INA, 8 U.S.C. 1158, até que eu emita um achado de que a invasão na fronteira sul cessou.