Em uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado Federal do Brasil, realizada em 09 de dezembro de 2025, o ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, destacou a urgência de impedir candidaturas vinculadas a facções criminosas.
Ele afirmou que tem alertado os partidos políticos sobre a necessidade de barrar esses candidatos. “Já fiz um apelo aos presidentes dos partidos”, declarou o ministro. “Só uma atitude repressiva não é suficiente, os presidentes de partidos políticos têm a obrigação de fazer a triagem.”
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Lewandowski apontou que o crime organizado está se infiltrando em setores legais da economia, descrevendo isso como um fenômeno novo e global que demanda uma abordagem estrutural para ser combatido.
“O crime hoje está migrando da ilegalidade para a legalidade”, explicou o ex-magistrado. “Ele está se infiltrando no setor de combustíveis, da coleta de lixo, da construção civil, de streaming. É um crime que hoje está infiltrado até no setor político. Nas últimas eleições, juntamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nós fizemos um esforço para evitar e impedir que o crime se infiltrasse nas eleições municipais.”
De acordo com o Revista Oeste, a oitiva com Lewandowski representou o sexto encontro da CPI do Crime Organizado. Nesta etapa, o colegiado está examinando a interação entre diversos órgãos de segurança pública, com foco no compartilhamento de informações, inteligência policial e estratégias de prevenção.
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A CPI já aprovou a convocação do ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.
Em setembro de 2025, o ex-deputado foi alvo de uma operação conjunta das Polícias Civil e Federal do Brasil. Ele é suspeito de atuar em benefício do Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
As investigações indicam provas robustas de que TH Joias intermediava a compra e venda de armas e drogas para o CV. Além disso, ele é acusado de nomear outros membros de facções para cargos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).









