O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, impediu o uso de um slide elaborado pela defesa de Filipe Martins em uma sessão da Corte.
O material incluía uma citação de Cristiano Zanin, datada de 2015, período em que ele atuava como advogado de Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Zelotes.
Na ocasião, Zanin questionava a validade de minutas não assinadas e manuscritos apreendidos como evidência contra Lula e o ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho.
PUBLICIDADE
Ele descrevia esse material como produto de um “criativo e ficcional trabalho de dedução descomprometida” usado para sustentar acusações de corrupção.
De acordo com o Revista Oeste, o slide barrado reproduzia exatamente esse trecho para contestar o emprego da suposta minuta atribuída a Filipe Martins.
O documento em questão sugeriria a decretação de um golpe de Estado após as eleições de 2022, mas não apresenta assinatura alguma.
PUBLICIDADE
Como consequência, Moraes considerou o material “parcialmente impertinente” e observou que os slides continham documentos e imagens ausentes dos autos, sem relação com o foco do processo.
Martins enfrenta acusações de ter redigido um suposto texto golpista após a vitória eleitoral de Lula.
Sua defesa, liderada pelo advogado Jeffrey Chiquini, sustenta que o ex-assessor não participou de qualquer plano e que o delator Mauro Cid busca envolvê-lo para desviar a atenção de sua própria conduta.
Chiquini ainda argumenta que a minuta não se alinha com registros oficiais, versões anteriores do próprio militar e dados técnicos extraídos do celular de Cid.









