Fox News / Reprodução

JERUSALEM — Os Acordos de Abraão, assinados durante o governo do ex-presidente dos EUA Donald Trump e que normalizaram as relações entre Israel e diversos estados sunitas do Golfo Pérsico e do Norte da África, podem estar prestes a se expandir para incluir novos países. Steve Witkoff, enviado especial de Trump para o Oriente Médio, indicou que anúncios importantes sobre a adesão de novos membros aos Acordos de Abraão podem ser feitos em breve. “Acreditamos que teremos alguns anúncios bastante significativos sobre países que estão entrando nos Acordos de Abraão”, disse Witkoff em entrevista à CNBC na última quarta-feira.

De acordo com informações de Fox News, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca na quinta-feira, a secretária de imprensa Karoline Leavitt mencionou a Síria como um dos países que Trump deseja ver aderindo aos acordos. Ela destacou o encontro histórico entre Trump e o novo presidente da Síria, realizado na Arábia Saudita no início deste ano. “Quando o presidente se encontrou com o novo presidente da Síria, essa foi uma das solicitações que ele fez para que a Síria assinasse os Acordos de Abraão”, afirmou Leavitt.

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O jornal israelense Israel Hayom, um dos maiores veículos em língua hebraica, reportou na terça-feira que o assessor de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, acredita que Síria e Líbano são os principais estados do Oriente Médio com potencial para aderir aos Acordos de Abraão. Hanegbi revelou, durante uma reunião confidencial com o Comitê de Assuntos Exteriores e Defesa, que Israel mantém um diálogo direto com o novo governo sírio, liderado por Ahmed al-Sharaa, ex-membro de movimentos terroristas designados pelos EUA, como o Estado Islâmico e a al-Qaeda.

Eugene Kontorovich, especialista em Oriente Médio e pesquisador sênior da Heritage Foundation em Washington, D.C., comentou ao Fox News Digital que, com o Irã humilhado, a adesão do Líbano e da Síria aos Acordos de Abraão é bastante realista. “Ficaria impressionado se isso acontecesse em questão de meses, mas espero que eles façam a paz com Israel e entrem nos Acordos de Abraão durante o mandato de Trump”, disse Kontorovich. Ele acrescentou que a Síria poderia aderir simplesmente porque o novo governo tem muito a ganhar, buscando legitimidade.

A possibilidade de expansão dos Acordos de Abraão, mencionada por Witkoff, gerou grande entusiasmo na mídia israelense e entre observadores veteranos do Oriente Médio. Em maio de 2025, Trump solicitou ao presidente sírio al-Sharaa que normalizasse completamente as relações com Israel em troca de alívio das sanções.

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