O Instituto de Política do Povo Judeu (JPPI) utilizou ferramentas avançadas de inteligência artificial para avaliar as reações imediatas de líderes mundiais e governos ao assassinato de 15 pessoas em um ataque a tiros contra a comunidade judaica em Sydney, durante um evento de Hanukkah, em 14 de dezembro de 2025.
A análise examinou as primeiras respostas oficiais ao ataque em 25 países importantes ao redor do mundo, incluindo nações ocidentais, asiáticas, muçulmanas e árabes. O material avaliado incluiu declarações oficiais de porta-vozes governamentais, pronunciamentos públicos e postagens em redes sociais logo após o incidente. Nos casos em que não houve declaração de um chefe de Estado, a análise considerou respostas em níveis governamentais inferiores, como de diplomatas ou autoridades de relações exteriores.
Cada resposta foi ponderada com base em vários parâmetros, incluindo se ela afirmava explicitamente que o ataque visava judeus, que ocorreu durante o Hanukkah e se utilizava termos relacionados a terrorismo ou antissemitismo. Menções a Israel ou israelenses, além do nível hierárquico do oficial que emitiu a declaração, também foram considerados. Declarações de chefes de Estado receberam maior peso do que anúncios gerais de ministérios das relações exteriores. O ranking completo está anexado para referência.
A análise de palavras-chave revelou que “terrorismo” foi o termo mais usado, seguido por “antissemitismo” e “judeus”.
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Os resultados indicam que as pontuações mais altas foram registradas na Argentina e no Canadá. Em ambos os casos, os líderes das nações declararam de forma clara e explícita que o ataque foi um terrorismo antissemita dirigido contra judeus e realizado durante o feriado de Hanukkah.
Em contraste, a Austrália, onde o ataque aconteceu, além da Nova Zelândia e do Reino Unido, receberam pontuações relativamente baixas porque suas declarações iniciais não mencionaram explicitamente judeus, antissemitismo ou Hanukkah. Na Austrália, o primeiro-ministro foi amplamente criticado pela mídia tradicional e pelas redes sociais, e só mais tarde emitiu uma esclarecimento referindo-se ao ataque como terrorismo antissemita. Um padrão similar foi observado na Nova Zelândia.
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Na parte inferior do ranking ficaram países muçulmanos e árabes. Na maioria desses casos, as respostas foram emitidas por ministérios das relações exteriores, e não por líderes nacionais. Em algumas instâncias, o fato de o ataque visar judeus foi omitido, e as condenações foram enquadradas em termos gerais contra “qualquer forma de violência”, sem referência ao motivo antissemita. Esse grupo incluiu o Egito e a Jordânia, países que mantêm acordos de paz com Israel.
Israel foi mencionado apenas uma vez, em uma declaração do presidente da Argentina, Javier Milei, que criticou diretamente o governo da Austrália, ligando o reconhecimento australiano de um Estado palestino ao que ele descreveu como um clima que permitiu o ataque antissemita. Essa resposta foi incomum por conectar explicitamente a política externa da Austrália em relação aos palestinos com a segurança da comunidade judaica local.
De acordo com o Israel National News, a análise também examinou quais oficiais se pronunciaram e quais permaneceram em silêncio. Na maioria dos países democráticos, as respostas foram emitidas diretamente por chefes de Estado, indicando a gravidade atribuída ao ataque. Nenhum líder de um país muçulmano emitiu uma resposta direta.









