Israel National News / Reprodução

O analista político sênior israelense Amit Segal ofereceu uma avaliação sobre os desdobramentos recentes na guerra entre Israel e o Hamas, além das negociações em curso para um acordo de reféns. Ele descreveu a tentativa de assassinato israelense no Catar como “o atentado falhado mais bem-sucedido da história”.

Em uma declaração no Canal 12 de Israel, Segal afirmou que Israel, na verdade, iniciou o plano apoiado pelos Estados Unidos destinado a encerrar a guerra. No entanto, ele observou que cláusulas problemáticas foram inseridas durante o processo, e ainda resta ver se elas serão removidas na versão final. “A sensação é, novamente, de que Israel não será surpreendido esta noite”, disse ele, referindo-se ao anúncio esperado sobre o acordo.

Segal destacou que, sem a tentativa de assassinato falhada no Catar, nenhum dos avanços diplomáticos atuais teria ocorrido. “Porque quando Donald Trump, ex-presidente dos EUA, diz que estamos à beira de um acordo, ele pode estar errado, mas vou dizer no que ele se baseia. Ele se baseia nos cataris dizendo a ele: ‘escute, o Hamas vai aceitar'”.

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De acordo com o Israel National News, os cataris – que no inverno obstruíram um acordo parcial para trazer de volta 10 reféns vivos e 18 mortos – agora reverteram sua posição por medo. “O que mudou foi a percepção deles de que, após cinco capitais muçulmanas, eles são a sexta capital muçulmana que a guerra alcançou, e eles realmente não querem que continue”, explicou Segal. Citando as famosas palavras do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak para Yasser Arafat, Segal disse que os cataris agora estão essencialmente dizendo: “Assinem, seus cães, assinem”.

No front político, Segal afirmou que, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoiar o plano atual, ele será aprovado no governo. No entanto, ele questionou se o governo sobreviveria depois disso. “Já estamos em um ano eleitoral, e todos estão procurando uma saída fácil”, observou Segal.

Ele apontou que seria politicamente conveniente para o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, se distanciarem do acordo alegando que mantiveram seus princípios de soberania e expansão de assentamentos, enquanto Netanyahu, na visão deles, os traiu.

Segal também sugeriu que Netanyahu pode ver o plano como uma oportunidade estratégica para completar uma redefinição política total: “Para aprovar uma lei de recrutamento, alcançar a normalização e seguir para um ano eleitoral quando todo o bloco está mais relaxado após o fim da guerra”.

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