Os apresentadores de programas noturnos Jimmy Kimmel e Stephen Colbert reconheceram que o presidente dos EUA, Donald Trump, realizou uma ação positiva ao negociar um acordo de paz no Oriente Médio, que resultou na libertação de reféns israelenses. No entanto, eles não resistiram em misturar elogios com críticas e piadas, conforme habitual.

Em episódio de segunda-feira do programa “Jimmy Kimmel Live!”, Kimmel comentou: “Que dia para Donald Trump”. Ele prosseguiu: “Sabe de uma coisa? Ele finalmente fez algo positivo hoje e quero dar crédito a ele, porque sei que ele não é do tipo que se autoelogia”. Durante o monólogo, Kimmel destacou: “Estamos apenas na primeira fase do que sem dúvida será um processo longo e complicado, mas o fato é que os bombardeios pararam, os reféns foram libertados, e Trump merece parte do elogio por isso. Então, sei que soa louco dizer, mas bom trabalho nisso, presidente Trump”.

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Kimmel não evitou adicionar sarcasmo, dizendo: “Agora talvez você possa não invadir Portland. Apenas uma ideia”. Ele continuou: “Trump tem feito lobby intenso para tentar ganhar o Prêmio Nobel da Paz”. Kimmel acrescentou: “Agora Trump está focado em ganhar o prêmio no próximo ano, o que está bom. Deixe ele continuar tentando fazer a paz. Estou bem com criar prêmios e troféus para motivar. Dê a ele o ‘Prêmio Nobel Reabra o Governo e Deixe a Saúde em Paz'”.

Stephen Colbert também abordou o acordo de paz de Trump durante o “The Late Show” na CBS. Ele disse: “Há algumas boas notícias por aí hoje: Graças ao cessar-fogo recém-negociado por Trump em Gaza, todos os reféns israelenses vivos e quase 2.000 prisioneiros palestinos foram libertados”. O público aplaudiu e ovacionou, e Colbert afirmou: “É importante. Crédito onde o crédito é devido — Donald Trump fez algo bom”.

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Colbert pausou e brincou: “Ainda estamos cancelados? Tem certeza? Eu tentei”, referindo-se ao fato de que o programa exibirá seu episódio final em maio de 2026, conforme anunciado previamente pela emissora.

De acordo com o Daily Wire, Colbert expressou surpresa: “É meio surpreendente vê-lo fazer algo bom”. Ele comparou: “Me lembra de ‘O Império Contra-Ataca’, quando Darth Vader revelou esse segredo chocante”. Em seguida, exibiu um clipe modificado no qual Darth Vader diz a Luke que é doador de órgãos.

Colbert acrescentou: “Apesar do acordo na sexta-feira, em um desdobramento previsível, Trump não recebeu o Prêmio Nobel da Paz”. Ele ironizou: “Como ousam, Comitê Nobel? O homem é um paradigma de paz. Ele segue os passos de Mahatma Gandhi e Martin Luther King”. Colbert continuou: “Após perder sua campanha pela coisa que você não faz campanha, Trump disse que não fez o acordo de paz pelo Nobel. E o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Chung, concordou, dizendo: ‘O presidente Trump continuará fazendo acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário’. Nós removemos esse coração de um dos detidos em nossas instalações do ICE. Ele o mantém no Salão Oval ao lado do botão de Diet Coke em uma pequena tigela”.

Colbert alegou que o presidente Trump estava causando turbulência nos Estados Unidos enquanto negociava acordos de paz no exterior, equiparando a aplicação de leis de imigração a “aterrorizar comunidades”. O apresentador disse que “concordava” com declarações de Trump sobre acreditar que provavelmente não iria para o céu.

Colbert afirmou: “Enquanto Trump tenta trazer paz ao Oriente Médio, ele está tentando com a mesma intensidade trazer guerra ao Meio-Oeste”. Ele prosseguiu: “E pessoalmente, fico horrorizado em ver como ele está pisoteando meus antigos territórios de Chicago, Illinois, onde vivi por mais de uma década. O ICE tem aterrorizado comunidades na Cidade dos Ventos, indo de porta em porta em frente a escolas primárias, prendendo imigrantes, legais ou não, prendendo cidadãos dos EUA sem devido processo e lançando gás lacrimogêneo em jornalistas que apenas reportam o que estão fazendo”.

O programa de Colbert foi cancelado, e o de Kimmel foi suspenso no mês passado após comentários que ele fez sobre o homem que assassinou o ativista conservador Charlie Kirk. Essa suspensão foi criticada por Kimmel e seus apoiadores como um ataque à liberdade de expressão e atribuída à pressão da administração Trump.