O ativista judeu Shabbos Kestenbaum, formado pela Harvard Divinity School e conhecido crítico do antissemitismo no campus, chegou a um acordo em seu processo contra a Universidade de Harvard. Kestenbaum alegava que a instituição não protegeu os estudantes judeus contra o assédio antissemita.
O processo, que durou 16 meses, foi encerrado com um acordo cujos termos exatos são confidenciais. A resolução do caso ocorre em um momento em que Harvard enfrenta forte escrutínio do governo dos EUA, liderado por Donald Trump, devido à resposta da universidade aos protestos pró-Palestina e às alegações de antissemitismo em seu campus.
De acordo com informações de Israel National News, a universidade está atualmente sob ameaça de cortes federais de financiamento no valor de quase US$ 3 bilhões e de perder seu status de isenção fiscal. Além disso, o governo dos EUA enviou uma carta na segunda-feira alertando a instituição de que investigaria se o processo de admissão da universidade havia fraudado o governo ao considerar a raça e a etnia dos candidatos. Kestenbaum é um defensor vocal das medidas de repressão ao campus implementadas por Trump.
Em um comunicado, Kestenbaum afirmou que seu processo “ajudou a concretizar essas políticas e estou orgulhoso de ter trabalhado com a Administração nesses esforços”. Ele acrescentou que continuaria “ativo e útil nas investigações atuais contra a Universidade”.
Harvard e o Sr. Kestenbaum reconhecem os esforços firmes e importantes um do outro para combater o antissemitismo em Harvard e em outros lugares”, disse um porta-voz de Harvard em um comunicado, conforme relatado pelo jornal estudantil The Harvard Crimson.
Em janeiro de 2025, a universidade resolveu outros dois processos com grupos judeus que acusavam a instituição de fomentar um ambiente antissemita após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Kestenbaum inicialmente se juntou a um desses processos, mas não participou do acordo e continuou com seu caso até chegar a um acordo por conta própria nesta semana.
