Lula Marques/Agência Brasil

Uma audiência pública com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizada na quarta-feira, 11 de junho de 2025, pelas comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, foi interrompida antes do previsto devido a um tumulto causado por parlamentares da oposição. O evento, que discutiria temas como a isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, foi encerrado pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG), após confusões lideradas por deputados bolsonaristas.

Correia justificou a decisão citando a impossibilidade de manter a ordem. “Diante da conduta de deputados que não permitem a condução dos trabalhos, não posso chamar a segurança para retirá-los. Por isso, encerro a sessão para evitar que os baderneiros continuem atrapalhando”, declarou, atribuindo a desordem a “bolsonaristas” que, segundo ele, não eram membros da comissão. “Os baderneiros conseguiram encerrar a reunião. A sessão está finalizada, e o ministro Haddad será liberado após essa confusão”, completou.

A confusão escalou após o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), e a líder da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), pedirem a continuidade da audiência. Zucco solicitou que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) pudesse apresentar uma questão de ordem para remover das notas taquigráficas uma fala de Haddad, que havia chamado Ferreira e Carlos Jordy (PL-RJ) de “moleques” durante um embate. De acordo com a revista O Antagonista, Correia informou que já havia acatado o pedido, comprometendo-se a retirar tanto a declaração de Haddad quanto uma de Jordy.

Insatisfeitos com a resolução, Nikolas e outros oposicionistas intensificaram o tumulto, levando ao encerramento da sessão. Deputados da oposição gritaram “fujão” contra Haddad ao fim do evento. Correia lamentou a situação, pedindo desculpas ao ministro: “Peço perdão pela atitude desses deputados que vieram fazer baderna, como sempre tentam.” O presidente destacou que a interrupção foi necessária devido à insistência de três parlamentares em impedir o diálogo.

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