iStock / Israel National News / Reprodução

A Autoridade Palestina prendeu um suspeito chave em um atentado terrorista antissemita mortal contra um restaurante judaico em Paris, ocorrido em 1982, conforme anunciou o presidente da França, Emmanuel Macron, na sexta-feira.

O suspeito palestino árabe, Hicham Harb, de 70 anos, foi detido em uma área controlada pela Autoridade Palestina por supostamente orquestrar o atentado de 09 de agosto de 1982 no Chez Jo Goldenberg, no qual terroristas lançaram uma granada no restaurante lotado e dispararam metralhadoras contra clientes e pedestres.

Seis pessoas morreram e 22 ficaram feridas no atentado, tornando-o o mais mortal ataque antissemita na França desde a Segunda Guerra Mundial e deixando marcas profundas na comunidade judaica da capital francesa.

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Macron anunciou a prisão em uma postagem na rede X, afirmando que agradeceu por telefone ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pela “excelente cooperação” na operação, e que ambos estão comprometidos em trabalhar juntos para extraditá-lo o mais rápido possível.

O presidente da França também aproveitou para reafirmar seu compromisso de reconhecer o Estado palestino na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, na segunda-feira. Ele havia condicionado o plano à garantia de Abbas de que a Autoridade Palestina seria uma liderança responsável.

“Esse reconhecimento faz parte de um plano de paz abrangente para a região, visando atender às aspirações de segurança e paz tanto de israelenses quanto de palestinos”, afirmou Macron.

Até agora, a França se juntou a uma lista crescente de países, incluindo Canadá, Austrália, Bélgica, Portugal e Reino Unido, que anunciaram a intenção de reconhecer o Estado palestino como retaliação à ofensiva escalada de Israel em Gaza, que visa derrotar o grupo terrorista Hamas e garantir a segurança de Israel por décadas.

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Na segunda-feira, com a chegada das 193 nações membros da ONU a Nova York para seis dias de discursos de quase 150 chefes de Estado, Gaza deve ocupar o centro das atenções.

Na sexta-feira, semanas após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciar que “negará e revogará” vistos de autoridades da Autoridade Palestina, a Assembleia Geral votou para permitir que Abbas se dirija aos líderes por vídeo pré-gravado na próxima semana.

A Assembleia Geral também aprovou de forma esmagadora, na semana passada, uma declaração delineando “passos tangíveis, com prazos definidos e irreversíveis” rumo a uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos.

A declaração condenou os ataques do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, bem como as operações militares subsequentes de Israel na região, que alegou terem resultado em uma “catástrofe humanitária devastadora e crise de proteção”.

A declaração de sete páginas, apresentada em julho em uma conferência sobre o conflito copresidida pela França e pela Arábia Saudita, recebeu 142 votos a favor e 10 contra, incluindo de Israel e dos Estados Unidos.

De acordo com o Israel National News, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, escreveu em uma postagem na rede X: “O objetivo foi alcançado! A França conseguiu o isolamento internacional do Hamas. Pela primeira vez hoje, as Nações Unidas adotaram um documento que o condena por seus crimes, pedindo sua rendição e desarmamento”.

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