Oitenta anos após o Holocausto, muitos ainda minimizam sua gravidade ou negam sua ocorrência, alertou Merrill Eisenhower Atwater, bisneto do ex-presidente dos EUA Dwight D. Eisenhower.
Sua declaração foi feita enquanto nações ao redor do mundo comemoravam, na quinta-feira, o 80º aniversário do Dia da Vitória na Europa. Em 8 de maio de 1945, a Alemanha Nazista se rendeu formalmente às potências Aliadas, encerrando a guerra na Europa, um conflito que resultou na morte de aproximadamente 40 milhões de pessoas, incluindo o extermínio de 6 milhões de judeus.
No último mês, Eisenhower Atwater participou da Marcha dos Vivos no Dia da Lembrança do Holocausto, caminhando ao lado de sobreviventes e milhares de participantes de todo o mundo. A marcha segue o trajeto de Auschwitz a Birkenau, os campos de extermínio nazistas na Polônia ocupada, em uma homenagem solene às vítimas e em honra aos sobreviventes e seus libertadores.
De acordo com o Fox News, “Quando você está sentado com 80 sobreviventes do Holocausto e ambos estão chorando pela importância do momento — e eles te dizem, ‘Sem seu bisavô, isso nunca teria acontecido’ — eu digo, sem sua coragem, isso nunca teria acontecido”, afirmou Eisenhower Atwater ao Fox News Digital na quarta-feira.
Israel fez uma pausa enquanto o Estado Judeu homenageava e lembrava as vítimas do Holocausto. O campo de concentração de Ohrdruf, perto de Buchenwald, na Alemanha, foi descoberto pelo então General americano Dwight D. Eisenhower, comandante-chefe das forças Aliadas na Europa, e seus soldados, que encontraram 70 prisioneiros mortos a tiros no pátio em 4 de abril de 1945.
Uma pessoa equivale a várias vidas salvas. Não foi apenas a libertação dos campos — foi salvar gerações”, acrescentou ele.
Entre os participantes da marcha estava Israel Meir Lau, ex-rabino-chefe de Israel e sobrevivente infantil de Buchenwald, que pessoalmente conheceu o General Dwight D. Eisenhower, que liderou a ofensiva Aliada contra os nazistas na Europa, durante a libertação do campo.