Uma avó do Reino Unido, presa por segurar um cartaz do lado de fora de uma clínica de aborto, está alertando sobre novos ataques à liberdade de expressão, à medida que legisladores planejam expandir as chamadas “zonas de silêncio” ao redor dessas instalações. Rose Docherty, de 74 anos, foi presa em Glasgow, Escócia, perto do Hospital Universitário Queen Elizabeth (QEUH) em fevereiro, por segurar um cartaz que dizia: “Coerção é crime, estou aqui para conversar se você quiser”.
Docherty foi a primeira pessoa a ser presa e acusada sob a Lei de Serviços de Aborto (Zonas de Acesso Seguro), que entrou em vigor em setembro. A lei proíbe qualquer protesto ou vigília a menos de 200 metros de 30 clínicas que oferecem serviços de aborto na Escócia, mas especifica que a Zona de Acesso Seguro pode ser ampliada se considerado apropriado.
A prisão de Docherty ocorreu poucos dias depois que o Vice-Presidente dos EUA, JD Vance, destacou a lei como um exemplo de ataque à liberdade de expressão no Reino Unido.
De acordo com informações de Fox News, Gillian Mackay, a parlamentar do Partido Verde responsável pela introdução da legislação das zonas de silêncio, sugeriu recentemente que o governo escocês considere expandir a área de proibição de “influência” fora dos hospitais.
Docherty rejeitou um aviso formal do Escritório da Coroa, argumentando que era “injusto”, e está aguardando para descobrir que ação pode ser tomada contra ela. Em sua primeira entrevista para a televisão desde a prisão, ela disse à BBC que não tinha “motivo para se arrepender” do incidente, observando que foi uma experiência “alarmante” e “surreal”. Ela afirmou ter lido a lei e acreditava que suas ações não violavam a legislação.