Noam Revkin Fenton/Flash 90 / Israel National News / Reprodução

Em um julgamento histórico, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão na quinta-feira, após ser condenado por um painel da Suprema Corte do Brasil por tramar um golpe de Estado. A sentença foi proferida horas depois de a Suprema Corte do Brasil atingir a maioria de três votos necessários para a condenação de Bolsonaro.

A juíza Carmen Lucia foi a terceira dos cinco juízes a considerar o líder conservador de 70 anos culpado por conspirar para tomar o poder após sua derrota nas eleições de outubro de 2022 para o esquerdista Luiz Inacio Lula da Silva. “A lei deve se aplicar igualmente a todos”, disse Lucia ao tribunal, ressaltando a imensa importância do caso. Ela votou pela condenação de Bolsonaro por liderar uma “organização criminosa”, embora seus votos sobre as outras quatro acusações ainda estejam pendentes.

Conforme relatado por Israel National News, promotores brasileiros culpam as declarações de Bolsonaro contra o sistema de votação do país por uma invasão violenta do palácio presidencial, do Congresso e da Suprema Corte em janeiro de 2023, por apoiadores insatisfeitos com a derrota eleitoral de Bolsonaro para da Silva. Em junho daquele ano, um tribunal brasileiro proibiu Bolsonaro de ocupar cargos públicos por oito anos.

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Os promotores também alegam que parte do plano envolvia uma tentativa de assassinato de Lula, seu vice-presidente e um ministro da Suprema Corte. Bolsonaro, que foi presidente do Brasil de 2019 a 2022, alega ser vítima de uma perseguição politicamente motivada. Seu aliado, o presidente dos EUA, Donald Trump, ecoou esse sentimento, chamando o julgamento de “caça às bruxas” e retaliando com tarifas de 50% sobre uma série de importações brasileiras.

Os EUA também sancionaram o juiz presidente, Alexandre Moraes, e outros juízes da Suprema Corte, desencadeando uma crise sem precedentes nas relações entre EUA e Brasil. Bolsonaro não compareceu às audiências públicas, acompanhando os procedimentos de sua residência em Brasília, onde está em prisão domiciliar desde o último mês.

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