Na segunda-feira, 5 de maio de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou uma declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), feita durante a inauguração de uma escola em América Dourada (BA), na sexta-feira, 2 de maio. No discurso, Rodrigues sugeriu que eleitores de Bolsonaro fossem jogados em uma “vala”, comentário que gerou indignação nas redes sociais. Em postagem no X, Bolsonaro classificou a fala como agressiva e intolerante, acusando-a de atacar diretamente seus apoiadores e ultrapassar os limites democráticos.
Bolsonaro criticou o silêncio de instituições e da imprensa, que, segundo ele, costumam reagir rapidamente a discursos considerados ofensivos, especialmente quando vindos da direita. “Não houve inquérito, busca e apreensão, nem convocação da Polícia Federal para investigar incitação à violência. Nenhum ministro do STF se pronunciou, nenhum jornal tratou isso como ‘ameaça à democracia’. Apenas silêncio ou cumplicidade”, escreveu. Ele destacou a ausência de notas de repúdio do Supremo Tribunal Federal (STF) ou de ministros do governo Lula, que, em outros casos, teriam se manifestado com rapidez.
Conforme a Revista Oeste, o ex-presidente também questionou a falta de cobertura incisiva da imprensa, apontando que veículos de grande circulação ignoraram o episódio ou não o trataram como grave. “Um discurso de ódio, que em qualquer sociedade civilizada geraria repúdio imediato e ações institucionais, mas nada aconteceu”, afirmou. Para Bolsonaro, a omissão reflete uma seletividade, sugerindo que “só há crime quando convém ao sistema”.