Lula Marques/Agência Brasil

Na quarta-feira, 30 de julho de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou não ter qualquer envolvimento com as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ao deixar a sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, Bolsonaro foi abordado por jornalistas e afirmou: “Não tenho nada a ver com isso.”

O comunicado oficial da Casa Branca menciona Bolsonaro, acusando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o STF de promoverem uma “perseguição política” contra ele. Como apontado pela Revista Oeste, o documento alerta que tais ações comprometem a legitimidade do processo eleitoral brasileiro, afirmando que “processos forjados” ameaçam o desenvolvimento das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil, além de minarem a possibilidade de uma eleição presidencial livre e justa em 2026. O texto também destaca que o tratamento dado a Bolsonaro contribui para o “colapso deliberado do Estado de Direito” e aponta abusos de direitos humanos motivados politicamente.

As sanções contra Moraes, aplicadas com base na Lei Magnitsky, permitem que os EUA punam autoridades estrangeiras por violações de direitos humanos. O Departamento do Tesouro americano informou que eventuais bens, contas ou investimentos do ministro em território norte-americano serão bloqueados, embora ainda não esteja claro se ele possui ativos nos EUA. Moraes é relator de inquéritos que envolvem Bolsonaro, incluindo a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, e determinou medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, retenção do passaporte e restrições de circulação.

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