Ramez Habboub/ Wikimedia Commons

Na manhã de segunda-feira, 9 de junho de 2025, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou um comunicado cobrando a libertação dos 12 tripulantes da embarcação Madleen, interceptada por forças navais de Israel enquanto navegava rumo à Faixa de Gaza com suprimentos humanitários. Entre os ativistas estão a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila. A missão, organizada pela Coalizão da Flotilha da Liberdade, foi classificada por autoridades israelenses como uma “manobra midiática”, com o barco sendo ironicamente chamado de “iate de selfies”.

O Itamaraty defendeu o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e instou Israel a liberar imediatamente os detidos, além de remover barreiras que impedem a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O comunicado destacou que, como potência ocupante, Israel tem responsabilidades sob o direito internacional. “Nossas embaixadas na região estão preparadas para oferecer assistência consular, conforme a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, afirmou a nota.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel justificou a interceptação, alegando que a zona marítima próxima à costa de Gaza permanece fechada a embarcações não autorizadas, em conformidade com normas internacionais. As autoridades israelenses minimizaram a carga do Madleen, afirmando que não preencheria um caminhão de ajuda, e anunciaram a intenção de repatriar os tripulantes aos seus países de origem. Israel contrastou sua postura com a do Hamas, que mantém reféns israelenses sequestrados desde o ataque de 7 de outubro de 2023, segundo a Revista Oeste.

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