O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, expressou forte indignação após uma entrevista do senador Ciro Nogueira, do PP-PI, que o excluiu de uma lista de possíveis candidatos da direita para a Presidência em 2026.
Em uma postagem na rede social X, Caiado qualificou a atitude como vergonhosa e acusou o senador de prestar um desserviço à oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Essa reação veio dias após o União Brasil e o PP formalizarem uma federação e anunciarem, em conjunto, a saída da base de apoio à gestão petista.
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De acordo com o Revista Oeste, Ciro Nogueira, em entrevista ao jornal O Globo, mencionou os governadores Tarcísio de Freitas, do Republicanos-SP, e Ratinho Júnior, do PSD-PR, como nomes naturais da direita para a disputa de 2026.
No entanto, ele não citou Caiado nem outros políticos, como Romeu Zema, do Novo, e Eduardo Bolsonaro, do PL, o que gerou as críticas do governador goiano.
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Caiado escreveu: “A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa, e algo tão gritante que ele já se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”.
Ele acrescentou: “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle”.
O governador de Goiás também afirmou que não precisa de autorização para disputar a Presidência, declarando: “Não falo por Zema ou Eduardo, mas quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira”.
A tensão interna vai além da corrida presidencial, com Caiado anunciando que o União Brasil tentará expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino, que resiste em deixar o cargo.
Sabino, do Pará, pretende disputar o Senado em 2026 e, para isso, quer permanecer no ministério até a COP30.
Segundo relatos, ele deve comunicar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, que não sairá voluntariamente da Esplanada dos Ministérios.
Já o PP, partido de Ciro Nogueira, não pretende expulsar o ministro do Esporte, André Fufuca, embora o comando do partido no Maranhão deva mudar de mãos.