A Câmara dos Deputados do Brasil optou pelo arquivamento do processo que solicitava a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A votação se estendeu até a madrugada desta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025.
Para aprovar a cassação de Zambelli, eram necessários 257 votos. No entanto, a base do governo brasileiro obteve apenas 227 votos, o que não foi suficiente para a perda do mandato. Outros 170 deputados votaram contra, e 10 se abstiveram.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) divergiu do relator e votou pela cassação de Zambelli, enviando o processo ao plenário.
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O parecer levado à votação foi o do deputado Claudio Cajado (PP-BA), após a CCJ rejeitar o relatório do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).
Garcia apresentou seu parecer na semana passada, recomendando o arquivamento do processo de cassação. Ele argumentou que não existiam provas de participação direta da deputada nos crimes atribuídos e que o processo tinha fragilidades nas evidências circunstanciais.
De acordo com o Revista Oeste, Zambelli continua presa na Itália após deixar o Brasil, tendo sido condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil por supostamente invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Corte aguarda a decisão das autoridades italianas sobre o pedido de extradição.
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Em depoimento, Tagliaferro acusou Moraes de perseguir Zambelli.
A representação pela perda do mandato foi enviada pela Mesa Diretora da Câmara após comunicação do Supremo, cuja interpretação da Constituição — adotada pela 1ª Turma — atribuía à Mesa a competência para declarar a vacância do cargo em casos de condenação definitiva.
Entretanto, a Câmara possui jurisprudência consolidada de que processos de parlamentares condenados em definitivo devem ser analisados pela CCJ antes de uma decisão final do plenário, o que respaldou a tramitação do caso na comissão.
Na noite de quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a Câmara aprovou, por 318 votos a 141 e 3 abstenções, a suspensão do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por seis meses. A punição veio após a aprovação de uma emenda do PT que substituiu a proposta original do Conselho de Ética, que recomendava a cassação do mandato.
Motta rompeu o silêncio sobre a invasão de Glauber e a violência contra jornalistas.
Glauber tentou me agredir. NÃO ME INTIMIDAREI!!! Baixe em https://t.co/SBBWqla1Pk pic.twitter.com/eg1eCJ5CrB
O processo contra Glauber foi iniciado por uma representação do partido Novo, que o acusou de quebrar o decoro parlamentar ao expulsar da Câmara, com empurrões e chutes, o então integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, no ano passado. Toda a ação foi registrada em vídeo.
Em sua defesa, o deputado alegou ter reagido a provocações e perseguições contínuas de Costenaro. Glauber disse ainda que o militante teria proferido ofensas contra sua mãe, então em estágio avançado de Alzheimer.









