Um homem de North Bay, na província de Ontário, no Canadá, recebeu sentença de prisão por dezenas de postagens e vídeos em redes sociais que promoviam ódio e violência contra a comunidade judaica.
De acordo com o Israel National News, isso representa a primeira condenação em um tribunal canadense por negação do Holocausto, conforme afirmaram os promotores da Coroa.
O homem, Kenneth Paulin, de 51 anos, foi sentenciado a nove meses de prisão e dois anos de liberdade condicional em 18 de setembro, por promoção intencional de ódio contra judeus e por promoção intencional de antissemitismo ao tolerar, negar ou minimizar o Holocausto.
Paulin foi preso e acusado pela Polícia de North Bay em junho, após uma investigação de sete meses sobre seu conteúdo antissemita online.
PUBLICIDADE
Suas postagens vilipendiavam a comunidade judaica, promoviam libelos de sangue e teorias da conspiração, incitavam ódio e violência contra judeus e repetidamente zombavam e negavam o Holocausto.
Entre as postagens de Paulin, estavam alegações de que judeus são “demônios”, “os maiores assassinos em massa da história humana”, “culpados por todo americano que cai” e responsáveis por “quase 100%” dos problemas do mundo.
Ele também expressou apoio a uma “Caça Mundial aos Judeus” e declarou que “o antissemitismo é a única coisa que pode salvar o mundo”. Mais perturbador ainda, Paulin minimizou e negou o Holocausto, inclusive em um vídeo intitulado “Seu cartão de vítima é permanentemente negado enquanto o Hoax do Hollow-cost é exposto” e ao compartilhar uma postagem que dizia: “Seis milhões não aconteceram, mas deveriam ter acontecido”.
PUBLICIDADE
Em uma declaração de impacto comunitário submetida ao tribunal em agosto, a diretora sênior de Política e Advocacia do Friends of Simon Wiesenthal Center (FSWC), Jaime Kirzner-Roberts, descreveu o conteúdo de Paulin como “um esforço orquestrado para espalhar ódio, normalizar o antissemitismo e encorajar outros a verem judeus como inimigos a serem zombados, caçados e destruídos”.
Comentando a sentença na quarta-feira, Kirzner-Roberts afirmou: “O vil antissemitismo que estamos enfrentando hoje causou danos profundos e duradouros aos judeus canadenses, o grupo minoritário mais frequentemente alvo de crimes de ódio neste país. Mas é importante notar que tal ódio não termina com os judeus – ele corrói nossa democracia, encoraja extremistas e ameaça os valores que mantêm o Canadá unido”.
“Estamos gratos à polícia, ao Procurador-Geral e aos promotores da Coroa por garantirem que este caso pioneiro fosse perseguido com a seriedade que merece. Estamos satisfeitos que uma sentença de prisão tenha sido aplicada, não apenas pela incitação ao ódio contra judeus, mas também pela negação e glorificação do Holocausto. Ao se posicionar firmemente contra tal retórica odiosa, esta decisão afirma que todo canadense merece viver com dignidade, segurança e liberdade, livre de intimidação, desumanização e medo”, acrescentou Kirzner-Roberts.