ANDRÓNICO RODRÍGUEZ / X

Em 18 de agosto de 2025, o candidato presidencial Andrónico Rodríguez, de 36 anos, foi alvo de pedras lançadas por manifestantes ao sair do local de votação em Entre Ríos, região de Cochabamba, na Bolívia. Após registrar seu voto, Rodríguez enfrentou um tumulto e gritos, mas saiu ileso do incidente.

De acordo com informações de Revista Oeste, o ataque ocorreu próximo a uma escola onde, dias antes, havia sido detonado um cartucho de dinamite, sem causar danos. Oscar Hassenteufel, presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia, afirmou que o episódio não afetou o andamento das eleições.

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Rodríguez, atual presidente do Senado boliviano, é conhecido como o “herdeiro de Evo Morales”. Sua carreira política começou após o serviço pré-militar e sua graduação em ciências políticas pela Universidade Mayor de San Simón. Ele rompeu com o ex-presidente Evo Morales e com o Movimento ao Socialismo (MAS), partido que dominou a política boliviana desde 2005, e agora faz parte da Aliança Popular.

Apesar de ser considerado parte da nova geração de líderes camponeses, Rodríguez não obteve votos suficientes para avançar ao segundo turno. Pela primeira vez desde 2006, nenhum candidato do MAS conseguiu chegar à fase final da disputa presidencial.

Os resultados preliminares de boca de urna, divulgados na noite de 17 de agosto de 2025, indicam que dois candidatos da direita estão na disputa pelo Palácio Quemado, em outubro: Rodrigo Paz, senador de centro-direita pelo Estado de Tarija, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga.

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Enquanto a direita ganha força, a esquerda boliviana enfrenta um cenário de fracasso, agravado por uma combinação de fatores políticos e econômicos desastrosos. O país sofre com uma inflação superior a 20%, queda nas reservas internacionais e desabastecimento de combustíveis.

O milionário Samuel Doria Medina, que liderava as pesquisas até uma semana antes da votação, terminou em terceiro lugar, com mais de 19% dos votos. A seguir, Andrónico Rodríguez obteve 8,2%, seguido por Manfred Reyes Villa, da aliança de centro-direita APB-Sumate, com 7,1%, e o candidato governista Eduardo del Castillo, ex-ministro do atual presidente Luis Arce, com 3,2%. Os demais candidatos não alcançaram 2% dos votos.

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